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Senado contradiz Trump sobre retirada de soldados da Síria
O Senado norte-americano aprovou hoje por larga maioria uma emenda em que se opõe à retirada de tropas da Síria e do Afeganistão, sinal do mal-estar face à estratégia do presidente Donald Trump mesmo entre os republicanos.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
A emenda a um projeto de lei sobre a segurança no Médio Oriente "exprime o sentimento do Senado de que os Estados Unidos enfrentam ameaças de grupos terroristas que operam na Síria e no Afeganistão e que uma retirada precipitada dos Estados Unidos poderá pôr em risco os progressos duramente conquistados, assim como a segurança nacional".
Dos 100 senadores, 70 aprovaram a emenda e 26 votaram contra. Os republicanos têm a maioria no Senado (53) e apenas três votaram contra a emenda, que irá integrar o projeto de lei apresentado por Mitch McConnell, líder republicano na câmara alta do parlamento norte-americano.
O grupo extremista "Estado Islâmico (EI) e a Al-Qaida ainda não foram vencidos", afirmou McConnell, contrariando declarações de Trump.
O presidente dos Estados Unidos anunciou em dezembro a retirada dos 2.000 soldados norte-americanos na Síria, afirmando que os 'jihadistas' do EI tinham sido vencidos.
Trump também tem falado sobre a sua intenção de sair logo que possível do Afeganistão após 17 anos de conflito e em dezembro referiu a possibilidade de retirar metade dos 14.000 soldados norte-americanos lá destacados.
A decisão inesperada sobre a Síria levou à demissão do ministro da Defesa Jim Mattis e causou consternação entre os aliados europeus e curdos dos Estados Unidos.
O projeto de lei de McConnell considera novas sanções contra a Síria e protege as autoridades locais dos Estados Unidos que decidem não trabalhar com empresas que boicotam Israel.
O texto é hoje alvo de um voto final no Senado e vai depois à Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas.
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