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Rússia quer desenvolver novos mísseis após suspensão do tratado nuclear

A Rússia planeia desenvolver uma versão terrestre de mísseis usados pela marinha dentro de dois anos, uma consequência da decisão de Washington e Moscovo de se retirarem do tratado INF, declarou hoje o ministro da Defesa russo.

Rússia quer desenvolver novos mísseis após suspensão do tratado nuclear

© iStock

Lusa
05/02/2019 12:00 ‧ há 6 anos por Lusa

"No curso dos anos 2019-2020, será necessário elaborar uma variante terrestre do sistema Kalibr (...) que provou o seu valor na Síria", afirmou Sergei Choigu, citado num comunicado do exército russo.

"Durante o mesmo período, teremos de criar um sistema de mísseis terrestres de longo alcance", referiu ainda.

Choigu explicou essa decisão pela suspensão pelos Estados Unidos, a 02 de fevereiro, da sua participação no Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF, sigla em inglês), que está em vigor desde 1987 e que proíbe mísseis estratégicos terrestres de alcance entre 500 e 5.500 quilómetros.

Os mísseis Kalibr foram usados pela primeira vez pela Rússia no outono de 2015. Visando rebeldes sírios, 26 mísseis foram lançados de um cruzador no Mar Cáspio, a 1.500 quilómetros de distância.

O seu alcance corresponde, portanto, ao tipo de armas proibidas pelo tratado INF, que se aplica apenas a mísseis terrestres.

Segundo Choigou, os Estados Unidos "trabalham ativamente na criação de um míssil terrestre com um alcance de mais de 500 quilómetros", razão pela qual "o Presidente da Rússia (Vladimir Putin) ordenou ao Ministério da Defesa que tomasse as medidas recíprocas".

Os Estados Unidos e a Rússia acusam-se mutuamente de violar o tratado INF. No sábado, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou que os Estados Unidos suspenderam as "suas obrigações no quadro do tratado INF".

Vladimir Putin respondeu, imediatamente, que Moscovo "também suspende" a sua participação no acordo e que não tomará a iniciativa de negociar o desarmamento com os norte-americanos antes de "amadurecerem o suficiente".

O Presidente russo já havia ameaçado dar o sinal verde para o desenvolvimento de novos mísseis de alcance intermédio se os norte-americanos renunciassem ao Tratado INF, evocando a adaptação de equipamentos até então utilizados por mar ou ar.

 

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