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Governo e oposição medem forças nas ruas de Caracas

Caracas amanheceu hoje com segurança reforçada, estradas bloqueadas e muitas pessoas a pé, no dia em que os venezuelanos regressaram às ruas, uns para apoiar o Presidente Nicolás Maduro e outros o autoproclamado Presidente interino Juan Guaidó.

Governo e oposição medem forças nas ruas de Caracas
Notícias ao Minuto

15:57 - 02/02/19 por Lusa

Mundo Venezuela

No centro da capital, e vestidas de vermelho, a cor da revolução, milhares de pessoas, provenientes de vários Estados do país, estão concentradas na Avenida Bolívar, onde, junto com os líderes socialistas e o Presidente Nicolás Maduro, vão comemorar o XX aniversário da revolução bolivariana.

Os simpatizantes do regime pretendem ainda condenar as sanções norte-americanas e a ingerência de outros países nos assuntos internos do país.

Nas ruas paralelas e nas que dão acesso à Avenida Bolívar, os acessos ao trânsito estão bloqueados e são visíveis barreiras metálicas em pontos controlados pela Guarda de Honra (guarda presidencial), que permite apenas a circulação de peões e militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), chegados do interior do país.

Por outro lado, separados por oito quilómetros de distância, os opositores dirigiram-se até Las Mercedes, no leste da capital, onde esperam o autoproclamado Presidente interino Juan Guaidó.

Desde várias localidades, os venezuelanos marcharam em grupos de dezenas de pessoas para se encontrarem nos cinco pontos diferentes de partida previamente estabelecidos.

Em localidades como Chacaíto e outras, do leste da capital, eram visíveis grupos de agentes da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) equipados com equipamento antimotim, mesmo antes da presença de manifestantes.

A oposição marcha em apoio ao ultimato dado pela União Europeia para que sejam convocadas eleições presidenciais livres no país, para que cesse a usurpação da Presidência República e para pedir um governo de transição no país.

A oposição não reconhece o Presidente Nicolás Maduro como chefe de Estado e acusa-o de usurpar o poder, insistindo que as eleições presidenciais antecipadas de 20 de maio de 2018 decorreram de maneira irregular.

A crise política na Venezuela soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.

Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

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