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Costa Rica reconhece embaixadora designada por Guaidó

O Governo da Costa Rica reconheceu hoje como embaixadora venezuelana Maria Faría, designada pelo autoproclamado Presidente interino e líder da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó.

Costa Rica reconhece embaixadora designada por Guaidó
Notícias ao Minuto

20:01 - 01/02/19 por Lusa

Mundo Venezuela

"Tive a honra e o gosto muito especial de receber a senhora embaixadora Maria Faría, que me apresentou as credenciais do presidente de Venezuela, Juan Guaidó, e desejei-lhe todo o sucesso nas suas funções", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, Manuel Ventura, numa declaração enviada à imprensa.

No mesmo comunicado, o ministério adianta que o Governo reconheceu Maria Faría e que, no decurso da reunião com o ministro, ambos "trocaram impressões sobre a situação na Venezuela".

O ministério adianta que reconhece a nova embaixadora "com fundamento em normas diplomáticas" e de acordo com "a determinação de reconhecer o senhor Juan Guaidó como Presidente interino de Venezuela", anunciada no dia 23.

"A Costa Rica reitera a sua firme posição de defender em todos os fóruns internacionais uma saída pacífica para a crise venezuelana, para o restabelecimento, o mais rápido possível, da ordem constitucional e para a realização de eleições livres no país", acrescenta o texto, citado pela agência Efe.

Numa curta declaração, a nova embaixadora de Caracas agradeceu à Costa Rica o reconhecimento da sua investidura.

Faría foi anunciada na terça-feira como nova embaixadora da Venezuela na Costa Rica, juntamente com outros representantes diplomáticos para Argentina, Estados Unidos da América, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, Panamá, Peru e Grupo de Lima.

Costa Rica não reconhece Nicolás Maduro como Presidente de Venezuela no seu segundo mandato, iniciado no passado dia 10 e no dia 23 reconheceu Guaidó como Presidente interino do país.

Este país da América Central aceitou com "otimismo" o convite da União Europeia para formar parte de um grupo de contacto entre países europeus e latino-americanos, com um mandato inicial de 90 dias, para "acompanhar a Venezuela" numa saída pacífica e democrática da crise, mediante a realização de eleições.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A União Europeia fez um ultimato a Maduro para convocar eleições.

A esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

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