A invulgar coexistência entre pessoas e crocodilos em aldeias da Índia
Há cerca de 200 crocodilos na região. Número de ataques é muito reduzido e os locais até gostam de partilhar o espaço com os répteis.
© Voluntary Nature Conservancy/Facebook
Mundo Charotar
Seria uma visão perturbadora para a maioria das pessoas. Adultos e crianças a curta distância de vários crocodilos. Os seres humanos com os seus afazeres quotidianos e os répteis a apanhar peixes para comer ou então parados a aproveitarem os raios de sol. No entanto, em várias aldeias do estado de Gujarat, na Índia, este é um cenário habitual há várias décadas, como dá conta a BBC.
A região de Charotar está delimitada por dois rios, o Sabarmati e o Mahi que é a casa de pelo menos 200 crocodilos-persa, uma espécie que pode atingir entre quatro a cinco metros de comprimento e que é considerada extremamente perigosa.
Mas nas aldeias de Charotar, há uma coexistência praticamente pacífica. As pessoas nadam no rio, lavam-se e lavam as suas roupas ao lado dos crocodilos.
De acordo com o CrocBITE, uma base de dados global de crocodilos, os crocodilos-persa mataram 18 pessoas em todo o mundo em 2018. Mas em Charotar, a ONG Voluntary Nature Conservancy documentou apenas 26 ataques em 30 anos, sendo que 17 desses ataques envolveram gado. Uma criança morreu em 2009 e os outros oito ataques resultaram em ferimentos ligeiros.
Segundo a BBC, os habitantes locais até parecem gostar de ter os crocodilos por perto. Na vila de Deva, por exemplo, os residentes chegaram a realizar o funeral de um crocodilo que morreu e construíram um santuário à deusa Khodiyar, uma divindade local que costuma ser retratada na companhia de um crocodilo.
Não se julgue que é por esta ligação religiosa que há uma coexistência pacífica entre seres humanos e répteis. Os habitantes de Deva gostam tanto dos crocodilos que até planeiam escavar um novo lago para que os animais tenham mais espaço.
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