Guaidó contra diálogo para manter no poder quem viola direitos humanos
O líder da Assembleia Nacional e autoproclamado Presidente interino da Venezuela disse hoje numa carta dirigida aos presidentes do México e do Uruguai que não participará num diálogo que vise manter "violadores dos direitos humanos no poder".
© Reuters
Mundo Venezuela
"Queremos expressar com certeza e firmeza que as forças democráticas, as instituições legítimas e muito menos o povo da Venezuela participarão em conversações e negociações cujo propósito seja manter violadores de direitos humanos no poder por via do engano", refere Juan Guaidó na carta, divulgada na rede social Twitter.
O México e o Uruguai apresentarão hoje à ONU uma proposta de diálogo para encontrar uma solução para a crise na Venezuela.
Na carta, dirigida a Andrés Manuel López Obrador (México) e a Tabaré Vásquez (Uruguai), Juan Guaidó reafirma que só está interessado numa negociação em que sejam acordados "os termos da cessação da usurpação".
Uma negociação que, adianta, "permita a passagem efetiva do poder a representantes legítimos do povo venezuelano para iniciar um processo de transição que se conclua com a realização de eleições livres, nas quais se permita a participação de todas as forças democráticas de modo justo e transparente".
Guaidó criticou a neutralidade dos representantes daqueles países, assinalando que no momento que a Venezuela atravessa ser "neutral é estar do lado de um regime que condenou centenas de milhares de seres humanos à miséria, à fome, ao exílio e inclusive à morte".
A crise política na Venezuela agravou-se com a autoproclamação de Juan Guaidó, que contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e que prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada por Washington.
Na quinta-feira, o mesmo dia em que o Parlamento Europeu reconheceu Guaidó como "Presidente interino legítimo", a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Federica Mogherini, anunciou a constituição de um grupo de contacto internacional para alcançar, em 90 dias, uma saída pacífica e democrática para a crise na Venezuela com a realização de eleições presidenciais.
O grupo integra, do lado europeu, a UE e Estados-membros como Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Suécia e, do lado latino-americano, Bolívia, Costa Rica, Equador e Uruguai, mas novos membros deverão ser anunciados nos próximos dias.
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