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Rússia adverte EUA contra retirada de tratado sobre armas nucleares

A Rússia advertiu hoje os Estados Unidos contra uma retirada "extremamente irresponsável" do tratado sobre as armas nucleares de alcance intermédio (INF), na véspera de expirar o ultimato lançado por Washington a Moscovo.

Rússia adverte EUA contra retirada de tratado sobre armas nucleares
Notícias ao Minuto

12:26 - 01/02/19 por Lusa

Mundo Críticas

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deve falar hoje sobre o futuro daquele importante tratado de desarmamento do tempo da Guerra Fria, que as duas potências se acusam mutuamente de violar e do qual os Estados Unidos ameaçam retirar-se.

"Consideramos que este tratado é necessário. É no interesse da nossa segurança, da segurança europeia. Seria extremamente irresponsável prejudica-lo por ações unilaterais", advertiu o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, segundo declarações transmitidas pela televisão.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, indicou que a Rússia espera receber a partir de hoje "uma notificação por parte dos Estados Unidos" sobre o futuro do tratado.

"A reticência dos norte-americanos em ouvir os nossos argumentos e realizar negociações substanciais parece indicar que a decisão de romper o tratado já foi tomada há muito tempo por Washington", afirmou Peskov.

Os Estados Unidos criticam a Rússia por ter desenvolvido um míssil, o 9M729, capaz de transportar uma ogiva nuclear e que terá, segundo Washington e a NATO, um alcance superior a 500 quilómetros, o que violaria o tratado. Este proíbe os mísseis de alcance entre os 500 e os 5.000 quilómetros.

Washington deu assim 60 dias à Rússia, que terminam no sábado, para que desmantelasse os mísseis em violação do tratado.

A Rússia critica por seu turno os Estados Unidos por violarem o tratado com o seu sistema de defesa antimíssil instalado na Roménia e em breve na Polónia.

"Nós não violamos o tratado. Propusemos por várias vezes aos americanos que provassem" as suas acusações, afirmou hoje Riabkov, acusando os Estados Unidos de tentar "o esgotamento económico" da Rússia "através de uma nova corrida ao armamento".

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