As temperaturas negativas que se fazem sentir no 'midwest' norte-americano causaram já, pelo menos, 21 mortes, de acordo com as autoridades. Entre elas está um aluno da Universidade do Iowa, com 18 anos.
Gerald Belz, diz o New York Times, foi encontrado inconsciente no campus universitário, perto do dormitório, na quarta-feira de manhã. Foi transportado para o hospital ainda com vida, mas acabou por morrer.
As autoridades descartam hipótese de crime e, ainda que esteja em curso uma investigação, atribuem a sua morte às temperaturas negativas recorde que atingem não só o estado do Iowa, mas todo o centro-oeste dos Estados Unidos. Estas temperaturas, sublinhe-se, são resultado do 'vórtice polar', uma massa de ar oriunda do Pólo Norte.
A Universidade do Iowa, onde o jovem frequentava o segundo ano do curso de Medicina, tinha cancelado as aulas desde terça-feira até quinta-feira, por causa da vaga de frio. Gerald tinha decidido permanecer no campus até a temperatura subir, ao invés de ir para casa, em Cedar Rapids, que ficava a meia hora de carro. Tinha receio de que o veículo falhasse pelo caminho, conforme explica a publicação.
A universidade reagiu à morte do seu formando através das redes sociais, enviando condolências à família e disponibilizando contactos para prestar apoio emocional aos alunos.
Saddened by the loss of a member of the Hawkeye family: pic.twitter.com/sMq4XRK1Ci
— University of Iowa (@uiowa) 30 de janeiro de 2019
Gerald sobe o número de mortes alegadamente relacionadas com as temperaturas extremas para 21, na região centro-oeste, que, para além do Iowa, inclui os estados de Dakota do Norte, Dakota do Sul, Illinois, Indiana, Kansas, Michigan, Minnesota, Missouri, Nebraska, Ohio e Wisconsin.
As mortes têm sido reportadas desde o último domingo, dia 27 de janeiro, e a maior parte ainda está a ser investigada, não estando ainda determinado que estejam relacionadas diretamente com as temperaturas, mas autoridades indicaram que o frio teve, pelo menos, influência em todos os casos.