Delegação do ELN não regressa à Colômbia no prazo previsto
A delegação da guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN), que se deslocou a Cuba para conversações de paz, anunciou hoje que não regressará à Colômbia no prazo previsto, após a rutura das negociações com Bogotá.
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Mundo América Latina
Depois de o Governo colombiano ter "recusado participar na elaboração de um plano de regresso da delegação" do ELN, "não será possível pôr em prática o regresso da delegação no prazo previsto" de 15 dias, lê-se num comunicado do ELN citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Após o atentado de 17 de janeiro, reivindicado pela guerrilha do ELN e que fez 21 mortos, além do autor do ataque, e cerca de 60 feridos, o Presidente colombiano, Iván Duque, pôs fim às negociações de paz.
Os negociadores do ELN que se encontram em Cuba deviam voltar à Colômbia o mais tardar a 02 de fevereiro.
A 21 de janeiro, o grupo de guerrilha colombiano, o único ainda ativo no país, exigiu garantias da parte das autoridades colombianas para o retorno à Colômbia dos seus representantes.
Por sua vez, Iván Duque instou Cuba, mediadora e anfitriã das conversações, a extraditar os guerrilheiros do ELN que se deslocaram a Havana para as negociações de paz.
O ELN, nascido em 1964 e inspirado no célebre revolucionário argentino Ernesto Che Guevara, tem atualmente cerca de 1.800 combatentes numa dúzia das 32 regiões da Colômbia e é considerada a última guerrilha do país, desde o desarmamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e respetiva transformação em partido político, após o acordo de paz de 2016.
Embora a intensidade do conflito tenha diminuído desde a entrada em vigor desse acordo, a Colômbia continua a ser afetada por uma guerra fratricida que, ao longo de décadas, envolveu guerrilhas, paramilitares e forças de segurança, fazendo mais de oito milhões de vítimas, entre mortos, desaparecidos e deslocados.
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