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Novo governo no Líbano após oito meses de bloqueio

O Líbano garantiu hoje um novo governo dirigido pelo primeiro-ministro cessante Saad Hariri, após mais de oito meses de profundas divergências políticas e receios de uma grave crise económica.

Novo governo no Líbano após oito meses de bloqueio
Notícias ao Minuto

18:50 - 31/01/19 por Lusa

Mundo Médio Oriente

A formação do novo governo, que inclui 30 ministros, incluindo quatro mulheres, foi divulgada por um alto funcionário durante uma conferência de imprensa no Palácio presidencial de Babada.

Os ministérios do Interior e da Energia foram confiados a mulheres, uma situação inédita no Líbano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros Gebran Bassil, que é também genro do Presidente Michel Aoun, conserva o seu cargo, à semelhança do ministro das Finanças, Ali Hassan Khalil.

"Estamos perante desafios económicos, financeiros, sociais e administrativos", assinalou Hariri em conferência de imprensa, num país onde a economia está a sofrer as repercussões da guerra na vizinha Síria.

O Líbano está também habituado a cortes diários de energia elétrica, escassez de água e a uma crise de gestão dos resíduos domésticos.

As principais forças políticas do país estão representadas no governo, designadamente a Corrente patriótica livre (CPL) do Presidente Aoun, ou o seu aliado Hezbollah, a poderosa milícia xiita.

Na sequência das legislativas de maio de 2018, as primeiras no país em quase uma década, Hariri foi quase de imediato reconduzido e encarregado de formar novo governo.

As árduas discussões em torno da distribuição dos lugares ministeriais atrasaram durante mais de oito meses a formação da nova equipa governativa.

"Foi um período político difícil, sobretudo após as eleições, e devemos virar a página e começar a trabalhar", sublinhou Hariri.

País multiconfessional, o Líbano possui um sistema político complexo destinado a garantir um frágil equilíbrio entre as diferentes comunidades e os grandes partidos que as representam.

O último contencioso relacionava-se com a representação no governo de seis deputados muçulmanos sunitas, opositores de Hariri e aliados do Hezbollah xiita.

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