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Israel termina com mandato de observadores internacionais em Hebron
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje que Israel vai por termo ao mandato de uma missão internacional de observadores baseada em Hebron, uma cidade da Cisjordânia ocupada onde subsistem fortes tensões entre palestinianos e colonos israelitas.
© Getty Images
Mundo Médio Oriente
"Não autorizaremos o prosseguimento da presença de uma força internacional que atua contra nós", afirmou Netanyahu, citado num comunicado do seu gabinete.
A missão de observadores TIPH (Presença internacional temporária) está deslocada em Hebron devido a um acordo israelo-palestiniano, concluído após o massacre de fevereiro de 1994 por um colono israelita de 29 palestinianos que rezavam na Gruta dos Patriarcas, lugar santo para judeus e muçulmanos.
A missão inclui 60 observadores de nacionalidade norueguesa, sueca, italiana, suíça e turca, e o seu mandato é renovado semestralmente. A Dinamarca decidiu terminar a sua contribuição.
Hebron é a maior cidade da Cisjordânia, um território palestiniano ocupado por Israel há mais de 50 anos. É a única nesta região onde habitam 600 colonos israelitas protegidos por milhares de soldados, blocos de betão e postos de vigia, e entre 200.000 habitantes palestinianos.
A colonização israelita nos territórios ocupados continua a ser considerada ilegal pelo direito internacional.
As tensões são particularmente graves em torno da Gruta dos Patriarcas -- mesquita de Ibrahim para os muçulmanos --, em plena cidade velhas, e onde segundo a tradição repousam diversas figuras bíblicas, incluindo Abraão.
A missão de observação civil tem por tarefa principal recensear e relatar as violações cometidas pelos colonos ou pelos palestinianos, mas não é autorizada a intervir diretamente durante eventuais incidentes.
Israel apresentou nos últimos anos uma queixa contra diversos membros desta missão, acusados de "parcialidade".
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