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George Soros considera Presidente chinês o "adversário mais perigoso"

O multimilionário e filantropo George Soros afirmou hoje que a aliança entre "monopólios tecnológicos" e "regimes repressivos" representa um perigo, destacando a China e considerando o Presidente chinês, Xi Jinping, "o adversário mais perigoso" das democracias.

George Soros considera Presidente chinês o "adversário mais perigoso"
Notícias ao Minuto

22:05 - 24/01/19 por Lusa

Mundo Democracia

"O meu ponto chave é que a combinação de regimes repressivos com os monopólios tecnológicos confere a esses regimes uma vantagem sobre as sociedades abertas", disse Soros, num jantar com jornalistas no Fórum Económico Mundial, em Davos, Suíça.

"Os instrumentos de controlo são ferramentas úteis em mãos de regimes autoritários, mas representam uma ameaça mortal para as sociedades abertas", acrescentou.

Para George Soros, os avanços tecnológicos e os fortes poderes político e financeiro da China agravam a ameaça.

"A China não é o único regime autoritário no mundo, mas é o mais rico, o mais forte, e o mais avançado tecnologicamente. Isto torna Xi Jinping como o adversário mais perigoso das sociedades abertas", sublinhou.

Por isso, Soros defendeu ser "tão importante distinguir as políticas de Xi Jinping das aspirações do povo chinês".

"Como Xi é o inimigo mais perigoso da sociedade aberta, devemos pôr as nossas esperanças no povo chinês, especialmente na comunidade empresarial e numa elite política disposta a defender a tradição confuciana", assinalou o multimilionário de 88 anos.

Nascido na Hungria, George Soros, que se tornou multimilionário graças aos mercados financeiros, transformou-se nos últimos anos no bode expiatório dos nacionalistas e dos defensores de teorias da conspiração, na Europa e nos Estados Unidos, que o acusam de apoiar a imigração ilegal através das suas ações humanitárias.

Na Europa, a sua fundação Open Society transferiu em agosto a sede de Budapeste para Berlim, após a adoção pelo Governo de Viktor Orban de um conjunto de leis intitulado "Stop Soros".

Nos Estados Unidos, o Presidente, Donald Trump, também acusou o multimilionário, grande doador do Partido Democrata, de financiar os protestos populares contra a confirmação para o Supremo Tribunal do juiz conservador Brett Kavanaugh.

Em outubro, foi encontrado um engenho explosivo na caixa de correio da sua casa, em Nova Iorque.

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