Escritor desaparecido na China foi detido por ameaçar segurança nacional
Um australiano de origem chinesa que foi detido esta semana na China é suspeito de "atividades criminosas" que "ameaçam a segurança nacional", revelou hoje o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
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Mundo Ásia
O escritor e comentador Yang Hengjun, que serviu como diplomata da China, antes de se naturalizar cidadão australiano, e que é crítico do Partido Comunista Chinês, foi preso por agentes da Segurança do Estado, confirmou a porta-voz do ministério, Hua Chunying.
A acusação de "ameaça à segurança nacional" é frequentemente usada na China contra críticos do PCC, e suportada com poucas evidências.
O ministro da Defesa da Austrália, Christopher Pyne, afirmou hoje que vai pressionar as autoridades chinesas para que tratem de Yang de forma "justa e transparente", e forneçam toda a informação sobre o caso.
Pyne revelou aos jornalistas, no início de uma visita oficial a Pequim, que o escritor está numa espécie de detenção domiciliária, em Pequim.
A detenção ocorre um mês depois de as autoridades chinesas terem detido Michael Kovrig, antigo diplomata do Canadá, e Michael Spavor, empresário que organiza viagens turísticas e eventos desportivos na Coreia do Norte, numa aparente retaliação pela detenção da executiva da Huawei Meng Wanzhou, no Canadá.
Ambos foram também acusados de "ameaçarem a segurança nacional da China".
Yang estava atualmente a residir nos Estados Unidos, com a mulher e a filha, de 14 anos, mas visitou a China, na semana passada.
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