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Principal suspeito sobre caso das dívidas ocultas em Moçambique ouvido

A primeira sessão em tribunal sobre o caso das dívidas ocultas e o pagamento de subornos a membros do governo de Moçambique acontece hoje em Brooklyn, Nova Iorque, às 12h00 locais (17h00 em Lisboa).

Principal suspeito sobre caso das dívidas ocultas em Moçambique ouvido
Notícias ao Minuto

10:07 - 22/01/19 por Lusa

Mundo Nova Iorque

A audição pode vir a discutir a situação dos oito arguidos e pode abrir novas revelações sobre o caso, apontando também possíveis datas para o julgamento.

O principal suspeito do caso, Jean Boustani, negociador da empresa Privinvest, é o único que deverá comparecer na sessão inicial, representado pelos seus dois advogados, por ser o único arguido que se encontra nos Estados Unidos da América.

O processo iniciado pela justiça dos Estados Unidos aguarda a extradição do antigo ministro das Finanças de Moçambique Manuel Chang e de três antigos funcionários do banco Credit Suisse, assim como a detenção de outras três pessoas.

Todos os suspeitos estão envolvidos num esquema de corrupção que lesou o Estado moçambicano em 2.200 milhões de dólares (1.920 milhões de euros), devido a empréstimos ocultos às empresas estatais moçambicanas Ematum, Proindicus e MAM, garantidos pelo governo, cujos valores foram desviados para enriquecimento próprio dos suspeitos.

O caso vai ser julgado ao abrigo da Lei das Práticas de Corrupção Estrangeiras (FCPA, na sigla em inglês), que condena o pagamento de subornos a membros de governos estrangeiros para a provação de negócios em benefício próprio.

Manuel Chang, detido a 29 de dezembro na África do Sul, continua as negociações com a justiça sul-africana para ser extraditado para Moçambique em vez dos Estados Unidos.

Outros dois antigos membros do governo de Moçambique, cujas identidades ainda não foram reveladas, também estão arguidos no processo, no qual se incluem ainda três suspeitos moçambicanos com papéis menores no esquema, identificados como co-conspiradores.

O despacho da Acusação assume também que o ex-Presidente Armando Guebuza também recebeu subornos para viabilizar o financiamento da empresa estatal Proindicus.

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