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Japão pede propostas para desmantelar central nuclear

O Japão vai pedir a peritos e empresas especializadas em energia nuclear japonesas e estrangeiras, propostas para desmantelar eficazmente os reatores destruídos da central de Fukushima, anunciaram hoje responsáveis.

Japão pede propostas para desmantelar central nuclear
Notícias ao Minuto

16:45 - 17/10/13 por Lusa

Mundo Fukushima

O Instituto de Investigação Internacional para Desmantelamento Nuclear vai aceitar as propostas já a partir deste mês, disse um responsável do instituto.

"Vamos criar um 'site', em japonês e inglês, para dar a conhecer, aqui e no estrangeiro, o nosso pedido de ideias para desmantelar (os reatores), de modo a podermos apresentar propostas mais úteis e práticas ao Governo", acrescentou o mesmo responsável.

O Governo japonês tem desempenhado um papel cada vez mais interveniente na central de Fukushima (nordeste), onde o sismo e tsunami de março de 2011 destruiu os sistemas de arrefecimento, desencadeando a fusão de três dos seis reatores da central e várias explosões.

A empresa gestora da central, Tokyo Electric Power (TEPCO), que na prática foi nacionalizada através de uma enorme injeção de dinheiro para impedir a bancarrota, tem sido alvo de críticas constantes pela má gestão das consequências da catástrofe.

Falhas frequentes, incluindo fugas de água radioativa, não ajudaram a melhorar a perceção pública da atuação da TEPCO, cujas estimativas indicam que o desmantelamento total da central poderá demorar até 40 anos, em que o trabalho mais difícil ainda está por fazer, incluindo a remoção dos núcleos de combustível dos reatores, provavelmente fundidos e irreconhecíveis.

De acordo com o plano da gestora, talvez seja possível remover as barras de combustível - que se receia tenham destruído as câmaras de contenção e talvez até as paredes de cimento reforçado - poderão ser removidos no verão de 2020.

Embora a TEPCO afirme que os reatores estão sob controlo, alguns especialistas garantiram que a central continua num estado precário e à mercê de condições meteorológicas extremas e futuros sismos, sublinhando que as autoridades ainda não encontraram uma solução para milhares de toneladas de água radioativa armazenada no local.

Dezenas de milhares de pessoas, que foram retiradas de uma zona de exclusão num raio de 20 quilómetros em redor da central, continuam sem poder regressar a casa, e alguns cientistas alertaram já que algumas áreas terão que ser definitivamente abandonadas devido à contaminação radioativa.

Fukushima situa-se a cerca de 220 quilómetros a nordeste de Tóquio.

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