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Dissidentes do IRA suspeitos de atentado. Detidas duas pessoas

A polícia da Irlanda do Norte disse hoje suspeitar que dissidentes do Exército Republicano Irlandês (IRA) estejam por trás da explosão de um carro armadilhado diante de um tribunal em Londonderry e ainda que dois homens já foram detidos.

Dissidentes do IRA suspeitos de atentado. Detidas duas pessoas
Notícias ao Minuto

14:44 - 20/01/19 por Lusa

Mundo Polícia

Os detidos, segundo a polícia, são dois jovens na casa dos vinte anos.

O engenho foi colocado dentro de um veículo de entrega roubado e explodiu no sábado à noite enquanto a polícia, que recebeu um aviso, estava a retirar as pessoas da área. Não houve relatos de feridos.

A polícia e os especialistas em desarmar bombas do exército permanecem hoje no local da explosão. A polícia também pediu que às pessoas que permaneçam longe da área.

O chefe de polícia assistente, Mark Hamilton, disse que a bomba era um dispositivo artesanal e instável, considerando o ataque "incrivelmente imprudente".

"As pessoas responsáveis por este ataque não mostraram nenhuma consideração pela comunidade ou empresas locais", disse Hamilton.

O chefe de polícia assistente afirmou que a "principal linha de investigação" é de que a bomba foi colocada por um grupo conhecido como o Novo IRA.

A ministra britânica da Irlanda do Norte, Karen Bradley, condenou hoje o ataque e disse que queria alterar o progresso em direção à paz naquele território.

Os responsáveis, acrescentou Karen Bradley, "não têm absolutamente nada a oferecer" ao futuro da Irlanda do Norte.

"Esta é uma violência intolerável e esperamos construir um futuro pacífico para todos na Irlanda do Norte", disse a ministra britânica.

O Governo de partilha de poder da Irlanda do Norte foi suspenso por dois anos por causa de uma disputa entre os principais partidos políticos protestantes e católicos. A incerteza sobre o futuro da fronteira irlandesa depois do 'Brexit' está a aumentar as tensões.

John Boyle, que é o autarca da cidade, também conhecida como Derry, disse que a violência "está no passado e tem que permanecer no passado".

Elisha McCallion, uma política do Sinn Fein (antigo braço político do IRA), disse à imprensa que "ninguém quer este tipo de incidente".

"Não é representativo da cidade. Eu incentivo a qualquer pessoa com informações sobre este incidente, para as fazer chegar à polícia", declarou.

Mais de 3.700 pessoas morreram durante décadas de violência antes do acordo de paz da Irlanda do Norte, em 1998. A maioria dos militantes renunciou à violência, mas pequenos grupos de dissidentes do IRA realizaram explosões e tiroteios ocasionais.

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