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Defesa antiaérea síria responde a raides israelitas no sul do país

A defesa antiaérea síria respondeu hoje a raides israelitas na zona sul da Síria, relatou a agência estatal síria Sana, citando uma fonte militar, sem fornecer mais pormenores.

Defesa antiaérea síria responde a raides israelitas no sul do país
Notícias ao Minuto

13:32 - 20/01/19 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"A nossa defesa antiaérea respondeu de forma muito eficaz aos ataques aéreos israelitas visando a região sul e impediu que estes atingissem os seus objetivos", indicou a agência noticiosa oficial, sem especificar os alvos dos raides ou a existência de eventuais vítimas.

A televisão estatal síria também avançou com esta informação, referindo que a defesa antiaérea do país "impediu" que o ataque atingisse os seus objetivos a sul da capital síria, Damasco.

Os habitantes de Damasco relataram que ouviram este domingo cinco explosões, presumivelmente o som da defesa antiaérea síria a disparar para o ar.

O Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH) também confirmou a ocorrência destes raides.

"A zona alvo situa-se no sul de Damasco, perto do setor de Kesswa, onde se encontram os depósitos [de armas] do Hezbollah (movimento xiita libanês), bem como os combatentes iranianos, mas ainda não é claro se eles foram atacados", referiu, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP), o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

Israel raramente comenta este tipo de informações.

Um porta-voz do exército israelita recusou comentar as informações relativas a estes ataques, indicando que Telavive "não comenta informações provenientes do estrangeiro".

Nos últimos anos, aviões de combate israelitas têm atingido, de forma frequente, alvos do Irão e do seu aliado Hezbollah no território sírio.

Encarados por Israel como grandes inimigos, Teerão e o Hezbollah têm ajudado o regime sírio liderado por Bashar al-Assad a combater os rebeldes e os 'jihadistas' num conflito que assola a Síria desde 2011.

No início de janeiro, numa rara confirmação por parte dos israelitas, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que Israel tinha atingido centenas de alvos iranianos e do movimento xiita libanês na Síria, nomeadamente um depósito de armas durante um raide realizado há duas semanas.

Netanyahu tem repetido em diversas ocasiões que não permitirá que o Irão utilize a Síria como um arremesso contra Israel.

O Irão nega o envio de soldados das suas forças armadas para combater na Síria, alegando que os elementos que se encontram no território sírio são apenas conselheiros militares ou "voluntários" iranianos ou afegãos.

Na quarta-feira, o líder dos Guardiões da Revolução, o exército de elite iraniano, afirmou que "todos os conselheiros revolucionários e militares, bem como os equipamentos e armas necessários (...) serão mantidos" na Síria, numa aparente reação às declarações de Netanyahu, que defendeu que o Irão tem de deixar "rapidamente" o território sírio.

Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.

Num território bastante fragmentado, o conflito civil na Síria provocou, desde 2011, mais de 360 mil mortos, incluindo mais de 100 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.

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