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Jovens apoiantes de Trump cercam e gozam com nativo-americano

Estudantes de escola católica gozaram com os cânticos e cantavam "Constrói o muro".

Notícias ao Minuto

08:55 - 20/01/19 por Fábio Nunes

Mundo Estados Unidos

Um grupo de jovens apoiantes do presidente Donald Trump cercou um ativista nativo-americano e outros ativistas e gozou com eles durante a Marcha dos Povos Indígenas, que decorreu na sexta-feira em Washington. O momento foi captado em vídeo em frente ao Lincoln Memorial.

As imagens filmadas por Kaya Taitano, que participou na marcha, mostram o grupo de adolescentes a rodear Nathan Phillips, um ancião da tribo Omaha.

Nathan aproximou-se deste grupo de jovens a tocar tambor e a cantar uma oração pacificadora numa tentativa de serenar os ânimos entre este grupo de adolescentes e quatro jovens afro-americanos que estavam no local a pregar a bíblia.

Nathan estava a conseguir acalmar os dois grupos quando surge um estudante que aparece em destaque no vídeo. Sempre a sorrir, o adolescente coloca-se no caminho de Nathan. “Os outros rapazes rodearam-no e começaram a gozar com o cântico. Não sabíamos o que ia acontecer ali”, explica Kaya à CNN.

Muitos destes adolescentes tinham chapéus onde se pode ler o lema de campanha de Trump ‘Make American Great Again’ (‘Tornar a América Grande de Novo’). Segundo Kaya, enquanto gozavam com Nathan, entoavam cânticos de “Constrói o muro” ou “Trump 2020”.

Nathan Phillips, um veterano do exército norte-americano, admitiu estar “assustado”.

“Estava preocupado com os meus jovens amigos. Não quero magoar ninguém. Não gosto da palavra ‘ódio’. Nem gosto de dizer essa palavra, mas era ódio descontrolado. Como uma tempestade”, afirmou à CNN.

Os jovens permaneceram no caminho dos ativistas até serem levados para irem tirar uma fotografia. Alguns destes estudantes envergavam sweats e casacos da Covington Catholic High School, uma escola só para rapazes no Kentucky. O site da escola confirmou que alguns dos seus alunos planearam marcar presença na marcha.

A escola faz parte da diocese católica de Covington, que num comunicado já anunciou está a investigar o caso. “Condenamos as ações de estudantes da Covington Catholic High School particularmente com Nathan Phillips e com os nativo-americanos em geral (…) Este comportamento opõe-se ao ensinamento da Igreja quanto à dignidade e respeito pela pessoa humana”, pode ler-se.

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