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Tentativa de imolação em Praga 50 anos após o ato de Jan Palach

Um homem tentou autoimolar-se hoje em plena Praça Venceslau em Praga, onde o estudante Jan Palach se imolou desta forma em janeiro de 1969 em protesto contra a invasão militar soviética da Checoslováquia, referiu a polícia.

Tentativa de imolação em Praga 50 anos após o ato de Jan Palach
Notícias ao Minuto

17:41 - 18/01/19 por Lusa

Mundo Praça

O homem sofreu queimaduras na cabeça e nas mãos, foi submetido a um coma artificial e enviado para um hospital de Praga.

"Nada indica ter-se tratado de um ato de protesto ou de um ato politicamente motivado", indicou a porta-voz da polícia, Andrea Zoulova. A mesma responsável confirmou que o homem é de nacionalidade checa, e esclareceu que ainda eram desconhecidos os motivos deste ato.

Testemunhas citadas pelos media locais adiantaram que as motivações do homem terão eventualmente um caráter religioso.

As chamas foram extintas por transeuntes, que usaram roupas e um extintor proveniente de um café das proximidades.

"As equipas de socorro colocaram o paciente, que sofre de queimaduras em 30% do corpo, em coma artificial e transportaram-no para o hospital de Praga- Kralovske Vinohrady, após assegurarem o funcionamento das vias respiratórias", indicou no Twitter uma porta-voz dos serviços de emergência médica.

A República checa assinala no sábado o 50º aniversário da morte pelo fogo do estudante de filosofia Jan Palach. Então com 20 anos, imolou-se na Praça Venceslau três dias antes, em protesto contra a invasão das tropas do Pacto de Varsóvia que esmagaram em agosto de 1968 o movimento reformador da "Primavera de Praga".

Diversos checos, inspirados pelo seu sacrifício, também se imolaram no início de 1969.

Na primavera de 2003, muitos outros, incluindo pessoas desequilibradas, também se suicidaram da mesma forma, ou tentaram fazê-lo.

Na ocasião, seguiram o exemplo do estudante de 19 anos Zdenek Adamec, que também se autoimolou na Praça Venceslau em 06 de março de 2003, após ter deixado uma carta de despedida onde considerava o seu ato "um protesto contra o mal, geralmente tolerado em todo o mundo".

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