ONG israelita acusa Telavive de "imprudente política de abrir fogo"
A organização não governamental (ONG) israelita B'Tselem acusou hoje Telavive de aplicar uma "imprudente política de abrir fogo" que o ano passado resultou na morte de 290 palestinianos, incluindo 55 menores, a maioria na Faixa de Gaza.
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Mundo B'Tselem
"Estes incidentes são o resultado direto da imprudente política de abrir fogo de Israel, autorizada pelo Governo e o alto comando militar e apoiada pelo sistema judicial", assinalou a B´Tselem -- Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados.
A organização considera que o número de vítimas mortais reflete "uma profunda indiferença pela vida dos palestinianos" e que a falta de prestação de contas fará com que "tais incidentes continuem".
Segundo a ONG, 254 palestinianos, entre os quais duas mulheres e 47 menores, foram mortos por tiros israelitas na Faixa de Gaza, 34 na Cisjordânia e Jerusalém oriental e dois outros em Israel.
A B'Tselem precisa que, das vítimas mortais registadas em Gaza, "149 não participavam em hostilidades, 85 participavam", adiantando desconhecer a situação de 15 outras.
Para a organização de defesa dos direitos humanos, as forças israelitas reagiram aos protestos na Faixa de Gaza inseridos no movimento da "marcha do retorno" com um "uso extensivo de munição real contra os manifestantes, de um modo que é ilegal e imoral".
Visando reivindicar o regresso dos refugiados palestinianos às terras de onde foram expulsos ou fugiram após a criação do Estado de Israel, em 1948 e protestar contra o bloqueio israelita à Faixa de Gaza, há mais de uma década, a "marcha do retorno" envolveu manifestações que decorreram desde 30 de março junto à barreira de segurança que separa o enclave do território israelita.
Sobre as mortes na Cisjordânia, a ONG indicou que 13 das vítimas mortais, incluindo cinco menores, morreram em protestos e incidentes que implicavam o lançamento de pedras.
Onze dos palestinianos que morreram na Cisjordânia ou Jerusalém oriental atacaram ou tentaram atacar as forças de segurança israelitas ou civis, com armas brancas ou de fogo ou através de atropelamentos, adiantou.
A B'Tselem assinala também que os palestinianos mataram sete civis israelitas na Cisjordânia, incluindo um bebé que nasceu prematuramente devido aos ferimentos da sua mãe num ataque, e sete membros das forças da segurança israelitas, cinco dos quais na Cisjordânia, um em Gaza e um em Israel.
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