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Brexit: Jeremy Corbyn insta Theresa May a abandonar "linhas vermelhas"

O líder do Partido Trabalhista britânico defendeu hoje que a primeira-ministra, Theresa May, deve abandonar as "linhas vermelhas" que traçou sobre o processo de saída do Reino Unido da UE se quiser discutir com a oposição trabalhista.

Brexit: Jeremy Corbyn insta Theresa May a abandonar "linhas vermelhas"
Notícias ao Minuto

14:05 - 17/01/19 por Lusa

Mundo Trabalhistas

"A senhora May deve abandonar as linhas vermelhas", declarou Jeremy Corbyn, durante uma intervenção numa ação com apoiantes e militantes trabalhistas em Hastings (sudeste Inglaterra), exigindo igualmente que a primeira-ministra exclua a possibilidade de uma saída do bloco comunitário sem um acordo.

Corbyn frisou que estas são as condições para a realização de uma eventual reunião entre os trabalhistas e a líder conservadora, que na quarta-feira convidou as forças da oposição britânica para discutir os próximos passos do processo do 'Brexit' e tentar um consenso, momentos depois de ter superado no parlamento britânico, por uma pequena margem de 19 votos, uma moção de censura.

May conseguiu superar a moção de censura apresentada pelos trabalhistas depois de ter visto o acordo que negociou com Bruxelas ser fortemente rejeitado pela Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento britânico).

Na terça-feira, o acordo de saída da UE negociado pelo executivo conservador de May foi chumbado por uma maioria de 432 deputados no parlamento britânico, contra 202 votos a favor. Uma votação que foi considerada como uma derrota histórica e a maior de um governo no parlamento britânico desde 1924.

"Senhora primeira-ministra, desista e discuta seriamente a maneira de pensar o futuro", frisou o líder trabalhista, alertando para uma tentativa de May "de chantagear os deputados para votarem novamente o (seu) acordo defeituoso".

Segundo Jeremy Corbyn, a primeira-ministra ofereceu conversações, mas o executivo fez saber que não retira a perspetiva de um não acordo da mesa.

Com a perspetiva de um não acordo ainda na mesa, as conversações seriam, realçou o líder trabalhista, uma farsa.

"A sua oferta de diálogo acaba por ser uma simples comunicação", denunciou Corbyn, afirmando acreditar que a primeira-ministra britânica "não tomou nota" dos acontecimentos desta semana.

Entre as "linhas vermelhas" de Theresa May consta a vontade de sair da união aduaneira europeia e o fim da liberdade de circulação de cidadãos europeus.

Hoje, numa audição na Assembleia da República, o negociador-chefe da UE para o 'Brexit', Michel Barnier, garantiu em Lisboa que, "se as linhas vermelhas do Reino Unido mudarem", a UE mudará imediatamente o acordo de saída.

"As linhas vermelhas são do Reino Unido, não são nossas, e fecharam portas" na negociação do acordo de saída, disse Barnier, para defender o acordo já negociado como "o melhor possível".

"Se o Reino Unido mexer nas linhas vermelhas, nós mexemos imediatamente, se quiser mais, estamos prontos", assegurou.

O parlamento britânico vai votar um plano alternativo sobre o 'Brexit' a 29 de janeiro, anunciou hoje a líder conservadora da Câmara dos Comuns, Andrea Leadsom.

Andrea Leadsom indicou também hoje aos deputados que a primeira-ministra britânica fará na segunda-feira, dia 21, uma declaração na Câmara dos Comuns sobre os próximos passos do 'Brexit' e apresentará uma moção, que será debatida e votada em 29 de janeiro.

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