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Candidato do PP é o novo presidente da Junta da Andaluzia

O candidato do Partido Popular, Juan Manuel Moreno, foi investido hoje em Sevilha presidente da Junta da Andaluzia, pondo fim, com a ajuda da extrema-direita, ao domínio de 36 anos do PSOE na maior Comunidade Autonómica de Espanha.

Candidato do PP é o novo presidente da Junta da Andaluzia
Notícias ao Minuto

16:32 - 16/01/19 por Lusa

Mundo Espanha

Os 59 votos do Partido Popular (PP, direita), Cidadãos (direita liberal) e Vox (extrema-direita) deram a maioria absoluta que o candidato precisava, num total de 109 deputados regionais do parlamento andaluz, para ser eleito à primeira volta.

O resultado da votação deverá ser sancionado na quinta-feira pelo rei Filipe VI e Moreno irá tomar posse do cargo na próxima sexta-feira, numa cerimónia em Sevilha onde também vão estar presentes o presidente do Partido Popular (PP, direita), Pablo Casado, e o ex-primeiro-ministro espanhol e ex-presidente do PP, Mariano Rajoy.

A até agora presidente do Governo regional e líder do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), Susana Díaz, foi a primeira pessoa a cumprimentar o novo líder da região, depois do anúncio do resultado da votação.

O aumento da votação na extrema-direita e a solução de Governo andaluz alcançada é um cenário que está a preocupar muito a esquerda espanhola atualmente no poder em Madrid, que receia cada vez mais a repetição deste resultado a nível nacional, nas eleições europeias, autárquicas e autonómicas de maio próximo.

A Andaluzia era até agora o grande bastião do PSOE, que dominou politicamente a região desde a transição de Espanha para um sistema democrático em 1978, tendo os seus candidatos também ganho todas as eleições desde as primeiras realizadas em 1982 para a nova Comunidade Autonómica, há 36 anos.

O candidato do PP consegue a presidência da Junta depois de o Vox ter assinado há uma semana um acordo de apoio parlamentar com os populares, que formam o executivo regional coligado com o Cidadãos, partido que assegura não ter nada a ver com esse compromisso.

O acordo de coligação entre PP e Cidadãos prevê entre outras questões uma redução de 13 para 11 dos ministérios regionais e a aprovação, durante a legislatura, de 90 medidas.

A soma dos partidos de direita conseguiu, nas eleições regionais realizadas em 02 de dezembro último, reunir a maioria absoluta no parlamento da Andaluzia, apesar de o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) ter sido o mais votado, mas com uma redução da sua presença parlamentar de 47 deputados regionais para 33.

O PP também viu reduzido o seu apoio popular, de 33 para 26 deputados, mas conseguiu manter-se em segundo lugar na escolha dos eleitores.

Juntando a este resultado o dos Cidadãos com 21 deputados e o do Vox com 12, a direita espanhola conseguiu chegar aos 59 assentos, mais quatro do que a maioria absoluta do parlamento regional.

A grande surpresa na votação em dezembro foi a forte subida do Vox, que antes não tinha expressão parlamentar e que conseguiu este resultado depois de apelar à execução de políticas que impeçam a chegada de mais imigrantes ilegais às costas andaluzes e outras mais firmes e menos dialogantes com os separatistas catalães.

O Vox acabou por renunciar a fazer depender o seu apoio ao novo governo regional à aprovação de várias medidas mais radicais, como a derrogação das leis contra a violência de género, posição que tinha sido considerada "inaceitável" pelo PP e restantes partidos.

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