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Líderes europeus receosos pela incerteza, mas otimistas sobre solução

Vários governos da União Europeia reagiram hoje à rejeição do acordo sobre o Brexit terça-feira no Parlamento britânico, com um misto de preocupação, pela incerteza, e otimismo, pela crença num acordo de saída.

Líderes europeus receosos pela incerteza, mas otimistas sobre solução
Notícias ao Minuto

15:23 - 16/01/19 por Lusa

Mundo Saída

O Presidente francês, Emmanuel Macron, avisou que o acordo "não pode ser renegociado" e acrescentou que ele "é o melhor possível", mostrando-se receoso quanto às consequências da decisão do Parlamento britânico.

O porta-voz do governo francês, Benjamin Griveaux, disse que, durante o Conselho de Ministros de hoje, Macron "lamentou" a rejeição esmagadora do acordo pelo Parlamento britânico.

"A França está a preparar, após esta votação, uma possível saída sem acordo, embora nós queiramos evitá-la", disse Griveaux, que lembrou que na quinta-feira o primeiro-ministro, Édouard Philippe, presidirá a uma reunião sobre o assunto com os membros do executivo.

Já antes destas declarações, um alto funcionário da Presidência francesa tinha dito que os europeus não irão fazer concessões no Brexit que possam prejudicar os princípios centrais da União Europeia.

A questão enfatizada pelo governo francês, da necessidade de encontrar uma saída, foi reforçada hoje pelo primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkhar, que considera que cabe ao governo britânico propor alternativas para evitar uma saída da União Europeia (UE) sem um acordo.

A solução, diz Varadkhar, pode estar na mudança das chamadas linhas vermelhas do governo britânico nas negociações, que poderá permitir aos negociadores europeus mudarem também algumas das suas posições.

"Sempre dissemos que se o Reino Unido evoluísse nas suas linhas vermelhas, na união aduaneira e no mercado único, a posição europeia também evoluiria", explicou o líder irlandês, numa posição idêntica à manifestada por Michel Barnier, o negociador da UE no processo do Brexit.

A preocupação de uma saída sem acordo também preocupa o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, que afirmou hoje que a rejeição do pacto sobre o Brexit não deve significar que se chegou ao fim de linha nas negociações.

"Apesar do revés (do chumbo do acordo), isso não significa que estejamos numa situação de ficar sem acordo", disse Rutte, no Twitter, acrescentando que lamenta, mas respeita o resultado da votação de terça-feira na Câmara dos Comuns.

O homólogo belga, Charles Michel, também usou o Twitter para dizer que o seu governo assegurará os direitos dos cidadãos e a defesa das empresas que tenham de lidar com um processo turbulento de saída do Reino Unido da União Europeia.

"Manter relações económicas e comerciais fortes é essencial", acrescentou o primeiro-ministro belga, observando que, "em estreita colaboração com a UE", o seu governo "preparará e adotará medidas concretas".

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, acentuou a necessidade de um qualquer plano alternativo ao acordo agora rejeitado deve ser "claro e rápido", porque é preciso encontrar novas soluções e não novos problemas.

"Os nossos preparativos internos para limitar o dano no caso de um Brexti sem acordo vai continuar a todo vapor", disse Bettel, que também lamentou a rejeição do acordo, no Reino Unido.

Do lado da Finlândia surgem idênticas preocupações com a forma como lidar com a incerteza face ao Brexit, com o primeiro-ministro, Juha Sipila, a pedir aos cidadãos britânicos que vivam nesse país nórdico para se registarem imediatamente nos serviços de imigração, para terem uma permissão de residência, caso não haja um acordo.

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