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Grupo de deputados trabalhistas pede a Corbyn que apoie segundo referendo

Um grupo de 71 deputados trabalhistas pediu hoje ao líder do partido, Jeremy Corbyn, que apoie um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, depois do chumbo do parlamento britânico ao acordo negociado pelo governo.

Grupo de deputados trabalhistas pede a Corbyn que apoie segundo referendo
Notícias ao Minuto

14:44 - 16/01/19 por Lusa

Mundo Reino Unido

O apelo ao líder do Partido Trabalhista foi igualmente subscrito por 13 eurodeputados trabalhistas britânicos.

Os 71 dos 256 parlamentares trabalhistas que integram a Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento britânico) consideram que "não é realista" a linha defendida por Jeremy Corbyn de renegociar com a União Europeia (UE) um tratado de saída.

Os deputados afirmam que o país enfrenta um momento de "crise nacional" e assinalam que "a opinião de muitas pessoas mudou" desde o referendo de junho de 2016. Na altura, 52% dos eleitores britânicos apoiaram a saída, contra os 48% que defenderam a permanência no bloco comunitário.

Os deputados signatários argumentam que uma eventual saída sem acordo "será uma catástrofe", cenário esse que deve ser contestado "com contundência", e pedem ao governo que adie a data de saída, prevista para 29 de março do ano corrente, através de uma prorrogação do artigo 50 do Tratado de Lisboa para dar "tempo" ao parlamento britânico para encontrar um caminho.

Ainda no apelo dirigido a Corbyn, os parlamentares trabalhistas recordam que o Partido Trabalhista acordou no último congresso da força política que, caso não conseguisse precipitar eleições antecipadas, iria considerar outras opções, entre elas apoiar a realizar uma segunda consulta pública.

O acordo de saída da UE negociado pelo executivo conservador liderado pela primeira-ministra britânica, Theresa May, foi rejeitado na terça-feira por uma maioria de 432 deputados no parlamento britânico, contra 202 votos a favor.

Segundo a imprensa internacional, esta foi uma derrota histórica e a maior de um governo no parlamento britânico desde 1924.

Após a votação, Jeremy Corbyn apresentou uma moção de censura ao governo, que é hoje debatida e votada.

Para ser bem-sucedida, uma moção de censura precisa de pelo menos 320 votos a favor, mas a oposição ocupa apenas 308 lugares dos 650 da Câmara dos Comuns, pelo que terá de conseguir o apoio de membros de outros partidos.

No entanto, é improvável que a moção ganhe, já que a líder conservadora tem uma maioria de apoio na câmara, embora muitos desses deputados tenham votado, na terça-feira, contra o plano de May para deixar o bloco europeu.

Se a moção de censura for bem-sucedida, um novo governo pode ser formado no espaço de duas semanas se conseguir o apoio de uma maioria do parlamento, senão são convocadas eleições legislativas.

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