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Espanha pede à UE que continue "firme" contra o autoritarismo

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pediu hoje, no Parlamento Europeu, que as instituições europeias "permaneçam firmes" na luta contra os "toques da sirene" do autoritarismo, apelando também à "proteção da Europa", nomeadamente contra o terrorismo.

Espanha pede à UE que continue "firme" contra o autoritarismo
Notícias ao Minuto

11:30 - 16/01/19 por Lusa

Mundo Pedro Sánchez

"Dirijo-me a todos vocês para vos pedir que permaneçam firmes na defesa dos valores europeus e na resistência aos toques da sirene do autoritarismo, que só têm um objetivo: destruir a Europa", declarou o governante espanhol, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França.

Intervindo num debate sobre o futuro da Europa, Pedro Sánchez, acrescentou que "este desafio só reafirma a existência de uma união política".

"Nem o autoritarismo nem o nacionalismo mais restrito podem negar as evidências [...] e é por isso que eles combatem numa negação irracional", vincou.

E deixou outro pedido: "Apelo à necessidade de proteger a Europa para que a Europa proteja os seus cidadãos".

Segundo Pedro Sánchez, já existe uma "base sólida", que é a da solidariedade, "que não para de crescer ao longo dos anos" e que sobressai "quando há um ataque terrorista".

"Quando um cidadão espanhol cobre o seu perfil numa rede social com a bandeira de França, solidário após um ataque terrorista em Paris, está a adotar o símbolo da Europa", defendeu o responsável, notando que isso também acontece "quando um cidadão alemão sente que o ataque à [avenida] Las Ramblas, em Barcelona, o atinge".

Para Sánchez, "os inimigos da Europa não podem fazer nada contra este crescente sentimento de solidariedade invisível, mas real".

"Isso cria fortes raízes, sobretudo entre os mais jovens, que exibem a bandeira europeia como símbolo contra a injustiça, contra as ideias autoritárias, contra o machismo, contra o racismo", vincou.

Na área da segurança, Pedro Sánchez insistiu na cooperação da UE para a defesa, propondo "avançar abertamente na criação de um verdadeiro exército europeu".

"Espanha está disposta a liderar esse processo, contribuindo decisivamente graças ao nosso relacionamento privilegiado com a América Latina, com o Norte da África e com o Médio Oriente", assinalou.

Já a nível económico, o governante lamentou que a crise financeira tenha associado "a Europa à austeridade", não distinguindo, porém, "a austeridade daqueles que foram austeros por necessidade e os que nunca foram austeros e foram responsáveis pela crise financeira".

Falando em "desigualdades" entre os países do Sul e do Norte da Europa, Pedro Sánchez considerou ser "momento de encerrar essa etapa".

No debate sobre o futuro da Europa intervieram também o vice-presidente da Comissão Europeia (em representação daquela instituição) e candidato socialista ao Parlamento Europeu, Frans Timmermans, bem como o candidato do Partido Popular Europeu (PPE) e líder parlamentar desta bancada, Manfred Weber.

Enquanto Timmermans rejeitou o surgimento de nacionalismos no seio da União e destacou como Espanha saiu "mais forte" após a crise económica, Weber apelou à estabilidade contra o populismo, vincando que "os 'anti europeístas' só odeiam a Europa porque representa tudo o que desejam".

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