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Presidente responde à contestação no Darfur com deslocação à região

O Presidente sudanês, Omar al-Bashir, participou hoje numa reunião pública em Niyala, capital do Darfur do Sul, mostrando-se fisicamente naquela região do oeste do Sudão, um dia depois de terem começado as manifestações de contestação ao regime.

Presidente responde à contestação no Darfur com deslocação à região
Notícias ao Minuto

11:47 - 14/01/19 por Lusa

Mundo Sudão

Em declarações perante uma multidão efusiva que o recebia, transmitidas pela televisão do Estado, Al-Bashir garantiu que a onda de contestação que se alastrou a todo o país desde meados de dezembro último não resultará numa alteração do poder.

A cidade foi palco este domingo de uma manifestação antigovernamental, a primeira no quadro da onda de contestação que percorre o país desde meados de dezembro último. O Darfur tem sido o teatro de um longo conflito violento com o poder central desde o início dos anos 2000.

Em 19 de dezembro último, Atbara, uma pequena cidade do norte do Sudão junto ao rio Nilo, foi palco de um protesto espontâneo contra o aumento dos preços do pão, que logo se expandiu à capital, Cartum, e se generalizou ao conjunto do país através de manifestações contra o aumento dos custos de vida.

A situação económica do Sudão carateriza-se pela escassez de reservas em divisas estrangeiras e uma inflação na ordem dos 70%.

Uma sucessão de manifestações desde então tem assumido o caráter de um movimento de contestação ao regime islamita de Bashir -- o autocrata de 76 anos, que se mantém no poder desde 1989, ao qual acedeu através de um golpe de Estado.

A Amnistia Internacional dá conta de 37 mortos entre os manifestantes desde o início dos protestos, número que as autoridades sudanesas situam em 19, entre os quais dois elementos das forças de segurança. Mais de 800 manifestantes foram entretanto detidos, de acordo com as autoridades.

A ONU apelou já à abertura de um inquérito independente.

Vários edifícios do Partido do Congresso Nacional (NCP), de Al-Bashir, em todo o país foram incendiados.

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