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Governo brasileiro congratula-se com captura de Cesare Battisti

O Governo brasileiro congratulou-se hoje com a detenção na Bolívia de Cesare Battisti, ex-ativista da extrema-esquerda italiana condenado a prisão perpétua por quatro mortes, defendendo a importância de este responder em Itália "pelos graves crimes que cometeu".

Governo brasileiro congratula-se com captura de Cesare Battisti
Notícias ao Minuto

22:57 - 13/01/19 por Lusa

Mundo Brasil

"O governo brasileiro congratula-se com as autoridades bolivianas e italianas e com a Interpol pelo desfecho da operação de prisão e retorno de Battisti à Itália. O importante é que Cesare Battisti responda pelos graves crimes que cometeu", lê-se no comunicado conjunto dos ministérios brasileiros das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública.

Cesare Battisti, condenado a prisão perpétua por quatro mortes, foi capturado na Bolívia e será extraditado "nas próximas horas" para Itália, anunciou hoje o governo italiano.

"O Brasil ofereceu facilitar o embarque pelo território nacional e devido à urgência foi encaminhada uma aeronave da Polícia Federal brasileira à Bolívia. No entanto, optou-se pelo envio direto do prisioneiro para a Itália", acrescenta o Governo brasileiro no mesmo comunicado.

Segundo o Governo brasileiro, "o Brasil contribui assim para que se faça justiça".

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou a detenção de Battisti depois de ter conversado ao telefone com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a quem agradeceu os esforços para a detenção, coordenada com as autoridades da Bolívia.

Conte alargou o agradecimento às autoridades bolivianas, acrescentando na mensagem que sente interpretar "o sentimento das famílias das vítimas e de todos os que pediam que se fizesse justiça".

Battisti, de 64 anos, foi capturado na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra no sábado à tarde. Foi membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, uma ramificação das Brigadas Vermelhas e foi condenado a prisão perpétua por quatro homicídios entre 1977 e 1979, que nega ter cometido, mas permaneceu em fuga durante perto de 40 anos.

Depois de se ter refugiado em França e no México, instalou-se em 2004 no Brasil, onde viveu até à sua detenção em 2007.

O Supremo Tribunal do Brasil aceitou a sua extradição em 2009 numa sentença não vinculatória que deixou a decisão nas mãos do então Chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, que a rejeitou a 31 de dezembro de 2010, no último dia do seu mandato.

Desde então, Battisti viveu em liberdade no Brasil, mas em dezembro foi de novo ordenada a sua detenção "para fins de extradição", tendo o presidente Michel Temer assinado o decreto de extradição a 14 de dezembro, data a partir da qual o ex-ativista permanecia em fuga.

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