Se não houver reformas de fundo na UE, extrema-direita alemã sugere Dexit
A extrema-direita alemã decidiu hoje fazer campanha pela saída da Alemanha da União Europeia, mas em "último recurso", caso o bloco europeu não faça uma reforma de fundo, adiantou a AFP.
© Getty Images
Mundo AFD
A decisão da extrema-direita alemã, que acontece dias antes de uma votação crucial no parlamento britânico relativa ao Brexit, foi tomada num congresso da Alternativa para a Alemanha (AfD), que decorre na cidade de Riesa, na Saxónia, para definir o programa do partido para as eleições europeias no final de maio.
Até agora nenhum partido alemão tinha equacionado, mesmo de forma prudente, a opção de um Dexit, a palavra usada em referência ao Brexit, significando a saída da Alemanha (Deutschland).
O texto adotado por uma maioria de delegados do movimento, que se afirma como uma das principais forças de oposição no parlamento alemão, pronunciou-se a favor de um Dexit se as exigências de reformas profundas da União Europeia reivindicadas pela AfD não sejam adotadas num prazo razoável.
Numa situação dessas, a AfD considera "necessário, em último recurso, uma saída da Alemanha ou a dissolução da União Europeia" e a criação, em alternativa, de uma mera comunidade económica, refere o programa da extrema-direita.
O apelo deve tornar-se efetivo com a adoção plena do programa do partido para as eleições europeias, o que deve acontecer ao início da noite de hoje.
Entre as exigências de reforma da União Europeia por parte da AfD encontram-se, por exemplo, a supressão do parlamento europeu, o fim do euro e da islamização da Europa.
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