Reforma da Previdência "não será suficiente" para Brasil sair da crise
O economista da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) Jens Arnold defende que a reforma da Previdência, hoje a ser debatida pelo Governo do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, "não será suficiente" para equilibrar as contas públicas do país.
© Reuters
Mundo Economistas
Para o responsável pelas análises sobre o Brasil da OCDE, "o principal desafio do Governo do Presidente Jair Bolsonaro é fazer reformas", sobretudo a da Previdência, para "garantir a sustentabilidade das contas públicas", disse em entrevista à BBC News Brasil.
"Mas a reforma da Previdência não será suficiente", disse o economista alemão.
Para Jens Arnold, o novo executivo brasileiro deve também direcionar melhor os seus gastos na área social, investindo mais recursos no programa Bolsa Família, para reduzir a pobreza.
"Seria muito bom o novo Governo enviar uma mensagem forte, mostrando a capacidade de reformar, de melhorar algumas coisas", defendeu.
A equipa de Jair Bolsonaro pretende enviar ao Congresso uma medida provisória para rever as regras da Previdência e permitir a análise de todos os benefícios concedidos. A expectativa é que a medida possa gerar uma poupança anual para os cofres do Estado brasileiro de 9,3 mil milhões de reais (2,185 mil milhões), segundo o jornal O Globo.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, confirmou hoje, após a reunião do Governo, realizada em Brasília, que a proposta de reforma da Previdência esteve em cima da mesa.
Mas, referiu, a ser enviada pelo Governo, a proposta precisa de ser "viável" para ser aprovada.
O responsável adiantou, segundo o Globo, que a reunião acabou sem nenhum pronunciamento oficial do executivo.
Segundo Augusto Heleno, a proposta "está em estudo com aquela teoria que a Previdência tem que ter as idades, que tem que ser viável para ter a possibilidade de ser aprovada".
"Cada um apresentou um pouquinho do seu trabalho, mas nem me lembro para detalhar", acrescentou.
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