México defende diálogo e não ingerência nos assuntos venezuelanos
O Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, defendeu hoje uma solução para a crise venezuelana pela via do "diálogo" e a não ingerência nos assuntos venezuelanos.
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Mundo Venezuela
A posição do México ocorre depois de na sexta-feira o Grupo de Lima (de que fazem parte 13 países, incluindo o México) anunciar que não vai reconhecer o novo mandato do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que se inicia na quinta-feira.
"Estamos pelo diálogo, isso sem dúvidas, inclusive, é um princípio constitucional de política externa, a solução pacífica às controvérsias e a isso se chega com diálogo. Nisso participamos, em tudo o que seja diálogo", disse López Obrador.
Durante uma conferência de imprensa na Cidade de México, Andrés Manuel López Obrador explicou que não é possível "condenar um governo estrangeiro, porque seria violar o princípio de não intervenção, de autodeterminação dos povos, um princípio constitucional".
"Mas, diálogo sim, em tudo o que possamos dialogar", frisou o chefe de Estado, precisando que o México tem tido uma política de diálogo, de proteção dos direitos humanos e de não intervenção e de não condenar outros países.
"Este é um assunto que gera muita polémica, mas deve entender-se que não é um assunto de simpatias, que tem a ver com os princípios da nossa política externa, que sempre tem dado resultado, ao ponto de que o México é reconhecido por essa política", adiantou.
Por outro lado, López Obrador sublinhou que o México é "respeitador de todos os governos e de todos os povos do mundo, sempre".
"Nós preferimos a neutralidade. E, repito, não é um assunto de simpatia, é um assunto que tem a ver com princípios da nossa política externa que vamos defender", declarou.
Andrés Manuel López Obrador não assinou a declaração do Grupo de Lima, segundo a qual não reconhece o novo mandato de Nicolás Maduro.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84%).
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição da Venezuela.
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