Ataques sónicos à embaixada dos EUA em Cuba podem ter sido... grilos
Cientistas dizem que as provas são “fortes”. Alegados ataques sónicos no centro de uma disputa diplomática entre Estados Unidos e Cuba.
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Mundo Estudo
As relações diplomáticas entre Washington e Havana deram um passo significativo atrás na sequência de alegados ataques sónicos à embaixada norte-americana em Cuba em 2017. O governo norte-americano afirmou que os seus funcionários foram o alvo de ataques com um dispositivo que deixou alguns com perda de audição e outros com lesões cerebrais.
Os alegados ataques levaram os Estados Unidos a retirar cerca de 60% do seu corpo diplomático de terras cubanas e a aconselhar os norte-americanos a não viajarem para Cuba.
No entanto, um estudo divulgado agora por cientistas norte-americanos e britânicos revela que “há fortes provas de que foi o eco do chamamento de grilos, e não ataques sónicos ou com algum dispositivo tecnológico”, o responsável pelos sons, de acordo com a Sky News.
A equipa de cientistas estudou as gravações feitas pelos funcionários diplomáticos norte-americanos em Cuba, que foram divulgados pela Associated Press.
Os cientistas frisam que ao tocarem o chamamento dos grilos num altifalante num espaço fechado reproduziram um som “virtualmente indistinguível” dos alegados ataques sónicos. Consideram que as suas descobertas realçam a necessidade de uma “pesquisa mais rigorosa” à origem das lesões sofridas pelos diplomatas norte-americanos.
Este estudo é da autoria de Fernando Montealegre-Zapata, professor de Biologia Sensorial na Universidade de Lincoln, e de Alexander L. Stubbs, professor da Universidade de Berkeley.
Cuba negou sempre qualquer envolvimento nos alegados ataques sónicos.
Em maio do ano passado, um funcionário da embaixada dos Estados Unidos na China também terá sofrido “sensações anormais de som e de pressão” que geraram receios de outro possível ataque sónico.
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