Famílias reais da Malásia escolhem novo rei em 24 de janeiro
As famílias reais da Malásia reúnem-se em 24 de janeiro para escolher um novo rei, depois de o sultão Muhammad V ter abdicado inesperadamente após dois anos no trono, segundo as autoridades.
© Reuters
Mundo Após renúncia
Muhammad V, de 49 anos, renunciou no domingo como 15.º rei da Malásia, abreviando o seu mandato de cinco anos, naquela que foi a primeira abdicação na história do país.
O Guardião do Selo do Governante, Syed Danial Syed Ahmad, disse que o Conselho de Governantes se reuniu hoje e marcou para 24 de janeiro uma sessão em que será escolhido um novo rei, que deverá tomar posse em 31 de janeiro.
Mohammad V não apresentou nenhuma razão para a decisão de abdicar do trono, que foi tomada logo a seguir a ter-se casado com uma modelo russa de 25 anos.
O próximo na fila para o cargo principal é Azlan Shah, do estado de Pahang, que foi rei de 1979 a 1984, mas o sultão, de 88 anos, está doente e não compareceu à reunião de hoje do Conselho.
A seguir, na linha de sucessão, está o bilionário Ibrahim Ismail, sultão do estado de Johor, que está envolvido em negócios, é dono de uma frota de aviões a jato e coleciona motocicletas Harley-Davidson.
A decisão será tomada no Conselho de Governantes, que é composto por nove dirigentes estaduais hereditários que se revezam como rei da Malásia por períodos de cinco anos.
A Malásia é o único país do mundo a ter uma monarquia rotativa sob um sistema único mantido desde que o país assegurou a independência face à Grã-Bretanha, em 1957.
O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, disse hoje que cabe ao Conselho de Governantes escolher o novo rei, mas acrescentou que espera que isso seja feito rapidamente.
Durante o seu primeiro mandato como primeiro-ministro, por 22 anos, até à sua reforma em 2003, Mahathir aprovou emendas constitucionais que retiraram aos sultões o poder de vetar a legislação estadual e federal e que restringem a sua imunidade legal.
O papel do monarca é em grande parte cerimonial, uma vez que o poder administrativo é investido no primeiro-ministro e no parlamento, mas é uma figura muito respeitada, particularmente entre a maioria muçulmana malaia, como o supremo defensor da tradição islâmica e malaia.
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