Venezuela: Grupo de Lima não reconhecerá novo mandato de Maduro
Treze países do Grupo de Lima não vão reconhecer o segundo mandato de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela, que se inicia a 10 de janeiro, anunciou hoje o chefe da diplomacia peruana.
© Reuters
Mundo Peru
"Esta declaração [final] transmite uma mensagem política forte: o principal é, sem qualquer dúvida, o não-reconhecimento da legitimidade do novo mandato do regime venezuelano", declarou o ministro peruano, Nestor Popolizio, no final de uma reunião em Lima, capital do Peru, rodeado de representantes dos outros países.
No documento, os membros do Grupo de Lima signatários -- 12 países da América Latina e o Canadá - instam Nicolás Maduro a não tomar posse para um segundo mandato presidencial na próxima semana e a ceder o poder até que possam realizar-se novas eleições, que consideram ser a única forma de restaurar a democracia naquele país sul-americano.
As palavras de reprovação à conduta de Maduro surgiram após uma reunião de diplomatas de topo dos 13 Governos da região e do Canadá na capital peruana para discutir a crise na Venezuela antes de Nicolás Maduro tomar posse, a 10 de janeiro, para um segundo mandato presidencial obtido em eleições amplamente consideradas irregulares.
O México também participou na reunião do chamado Grupo de Lima, mas não assinou a declaração final.
O grupo apelou também para o endurecimento das sanções contra o Governo de Maduro e expressou apoio aos esforços para interpor um processo contra o mesmo junto do Tribunal Penal Internacional (TPI).
Maduro já rejeitou recomendações do grupo em ocasiões anteriores, e hoje o seu ministro dos Negócios Estrangeiros acusou os 13 países signatários da declaração de receberem ordens do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Grupo de Lima, composto pela Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lucia, foi criado em 2017, quando a Venezuela foi palco de violentas manifestações, que causaram 125 mortos.
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