Greve de fome de irano-britânica e de jornalista detidas no Irão

Uma irano-britânica detida no Irão, Nazanin Zaghari-Ratcliffe, e uma jornalista iraniana militante dos direitos humanos, Narges Mohammadi, anunciaram hoje que vão iniciar uma greve de fome na sua prisão em Teerão por exclusão de acesso a cuidados médicos.

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Lusa
03/01/2019 15:24 ‧ 03/01/2019 por Lusa

Mundo

Teerão

"Para protestar contra este comportamento ilegal e desumano e para exprimir as nossas preocupações em relação à nossa saúde e sobrevivência (...), realizaremos uma greve de fome de 14 a 16 de janeiro de 2019", escreveram as detidas numa carta divulgada pelo Centro dos Defensores dos Direitos Humanos do Irão.

"Exortamos a uma ação imediata (...) Anunciamos que em caso de incapacidade das autoridades de responder a estas preocupações (...), tomaremos outras medidas. As autoridades da República Islâmica do Irão devem ser responsabilizadas pelas potenciais consequências", adiantam.

Funcionária da Fundação Thomson Reuters ligada à agência noticiosa canadiana-britânica com o mesmo nome, Nazanin Zaghari-Ratcliffe foi detida em abril de 2016 em Teerão e condenada em setembro do mesmo ano a cinco anos de prisão por participação em manifestações contra o poder em 2009, o que ela desmente.

"O tratamento médico de Nazarin devido ao volume do peito, a dores no pescoço e a dormência nos braços e pernas está atualmente bloqueado e foi-lhe proibida a consulta de um psiquiatra exterior (à prisão)", disse o seu marido, Richard Ratcliffe, à agência France Presse.

Os cuidados são "bloqueados pessoalmente pelo diretor da prisão de Evin, M. Khani, apesar de terem sido aprovados pelo médico da prisão", adiantou.

A jornalista e militante dos direitos humanos iraniana Narges Mohammadi, conhecida pela sua luta a favor da abolição da pena de morte no Irão, está presa desde a sua detenção em 2015, quando era porta-voz do Centro dos Defensores dos Direitos Humanos, criado pela advogada iraniana e prémio Nobel da Paz Shirin Ebadi.

Narges Mohammadi foi condenada em 2016 a 10 anos de prisão, nomeadamente por ter "criado e dirigido um grupo ilegal".

Em outubro de 2016, cerca de duas dezenas de deputados iranianos escreveram uma carta ao chefe da autoridade judiciária, pedindo-lhe para "intervir pessoalmente" para perdoar a jornalista, que, segundo eles, sofre de uma doença que resulta em "paralisia muscular".

 

 

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