Acordo entre PP e Ciudadanos põe fim a 36 anos de governação PSOE
A candidata dos Ciudadanos Marta Bosquet foi hoje eleita presidente do parlamento regional da Andaluzia, sul de Espanha, depois de populares e liberais terem chegado a acordo, pondo fim a 36 anos de governo socialista na região.
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Mundo Andaluzia
O Partido Popular (PP, direita) e os Ciudadanos (centro-direita) fecharam o acordo de Governo na quarta-feira, mas precisam dos votos do partido de extrema-direita Vox.
Nenhum partido obteve a maioria absoluta no parlamento regional (55 dos 109 deputados) nas eleições de 02 de dezembro: o PSOE elegeu 33 deputados, o PP 26, o Ciudadanos 21, o Adelante Andalucia (esquerda) 17 e o Vox, primeiro partido de extrema-direita a entrar num parlamento regional desde o fim do franquismo, 12 deputados.
Nos termos do acordo, o presidente do próximo governo autónomo será o líder do PP andaluz, Juan Manuel Moreno.
Na eleição da mesa, hoje realizada, Bosquet obteve os 26 votos do PP, os 21 do Ciudadanos e os 12 do Vox. Cinco dos sete representantes eleitos são do PP, Ciudadanos e Vox e os outros dois do PSOE.
O Adelante Andalucia fica sem representação neste órgão, uma vez que a sua candidata apenas obteve os 17 votos do seu grupo parlamentar e os 33 dos socialistas.
As eleições na Andaluzia foram uma derrota para o PSOE, do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que passou de 47 deputados regionais para apenas 33.
Após a eleição, o partido denunciou a sua exclusão como "contrária ao regulamento" do parlamento regional e exigiu uma retificação para garantir a pluralidade resultante das eleições.
A aliança da direita com a extrema-direita foi criticada pela presidente cessante do governo regional andaluz, Susana Díaz, que após o anúncio do acordo entre os partidos de direita escreveu no Twitter: "Este acordo só é possível graças aos votos do Vox. Sem a extrema-direita não têm governo. Porque o escondem? O que os envergonha?".
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