"Na Rússia está na moda ser homofóbico"
Ataques a membros da comunidade LGBT terão crescido 30% no ano passado.
© Reuters
Mundo Ativista
Misha Tumasov, de 43 anos, é ativista daquela que é a maior organização de direitos da comunidade LGBT na Rússia, a Russian LGBT Network.
O ativista esteve recentemente em Espanha a convite The Advocacy Proyect, para um encontro sobre ativismo e direitos humanos.
Em entrevista ao El Pais, Misha falou da sua Rússia, um país onde os ataques a homossexuais têm vindo a aumentar, com acusações de complacência por parte das autoridades.
"Na Rússia está na moda ser homofóbico", disse ao jornal espanhol.
"No ano passado, as agressões homofóbicas cresceram 30%. Em média, todos os dias há duas pessoas a ser alvo de agressões, mas não são números reais, já que só uma pequena minoria é que denuncia [as agressões]", explicou.
Desde 2013 que a Rússia introduziu uma lei com caráter algo subjetivo, que criminaliza o que considera ser propaganda homossexual. Há multas e penas de prisão para quem difunda qualquer tipo de informação sobre LGBT a menores de idade.
Há também relatos de grupos organizados que tentam encontrar homossexuais para os agredir. A violência é algo que o próprio Misha Tumasov já sentiu na pele, após ter sido alvo de agressões há seis anos.
Ao El Pais, Misha falou não só sobre as dificuldades de quem é discriminado, pela sexualidade, na Rússia, mas também dos desafios para os ativistas de direitos humanos, em diversas áreas.
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