Estudante denunciou assédio várias vezes. Dias depois, foi assassinada
Homem acusado estava em liberdade condicional e inscrito no registo nacional de criminosos sexuais.
© Utah University
Mundo Estados Unidos
Lauren McCluskey, de 21 anos, e Melvin Rowland, de 37, conheceram-se num bar em setembro e saíram juntos durante cerca de um mês, até a jovem descobrir o passado criminoso do homem, bem como as mentiras que tinha contado sobre o nome e idade. A estudante terminou a relação a 9 de outubro deste ano, mas ao longo das duas semanas seguintes ligou para as autoridades para dar conta de que estava a ser assediada e extorquida pelo homem.
A 22 de outubro, Lauren, foi baleada e morta por Melvin. O homem acabou por tirar a própria vida horas mais tarde, depois de uma perseguição policial.
Quando, a 19 de outubro, a jovem ligou para a polícia de Salt Lake City, nos Estados Unidos, estava preocupada e frustrada. O agressor sexual que tinha conhecido cerca de um mês antes continuava a assediá-la depois de terem terminado o relacionamento. Mas a polícia da Universidade de Utah não estava a fazer o suficiente para garantir que a situação acabava, tal como sublinhou num telefonema para o número de emergência.
"Estou preocupada porque tenho estado a trabalhar com a polícia do campus da minha universidade, no sábado passado dei-lhes conta do que se estava a passar, mas até agora não tive nenhum seguimento da situação", relatou, citada pela CNN.
Lauren fez outras chamadas do género para relatar situações a que estava a ser exposta por Melvin, mas nada aconteceu. A primeira chamada tinha sido feita a 13 de outubro, onde denunciava que estava a ser alvo de extorsão por parte do homem. A polícia de Salt Lake City remeteu-a para a polícia da Universidade do Utah, autoridade com quem já tinha falado.
"Já os contactei, queria falar convosco também. Estou preocupada porque não sei quanto tempo vão demorar a tomar medidas", refere na chamada.
As câmaras de vigilância da universidade mostram Melvin no campus desde 19 até ao 22, dia em que Lauren foi assassinada. O homem, segundo a Rolling Stone, tinha a morada disponível no registo nacional de agressores sexuais.
No entanto, o Departamento de Segurança Pública do Utah reviu o caso e concluiu agora que nada podia ter sido feito de diferente para evitar a sua morte. Os pais de Lauren não concordam com a conclusão do departamento.
De acordo com Jill e Mathew McClusky a polícia da Universidade do Utah falhou, em várias instâncias, em entender o aumento da gravidade da situação.
"Discordamos respeitosamente da conclusão de que a morte de Lauren não poderia ter sido evitada", começam por escrever numa nota. "Houve numerosas oportunidades para a proteger durante as quase duas semanas que decorreram entre o tempo em que a nossa filha começou a expressar preocupações repetidas, agravadas e persistentes sobre a sua situação até ao momento em que morreu", continuaram.
A Universidade do Utah anunciou entretanto algumas medidas para tentar melhorar a segurança no campus que tem como foco treinar e educar, bem como melhorar a comunicação da sua força policial.
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