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Agência inicia visita de avaliação em Fukushima

Peritos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) reuniram-se hoje com responsáveis japoneses para avaliar o esforço de limpeza da central de Fukushima, depois do acidente de 11 de março de 2011.

Agência inicia visita de avaliação em Fukushima
Notícias ao Minuto

12:30 - 14/10/13 por Lusa

Mundo AIEA

Esta missão de nove dias realiza-se a pedido do Governo japonês, tal como em 2011, logo após o sismo e tsunami que deram origem ao acidente nuclear em Fukushima, cerca de 220 quilómetros a nordeste de Tóquio.

A empresa gestora da central TEPCO debate-se há mais de dois anos com dificuldades para armazenar e descontaminar água radioativa, que continua a ser usada para manter a temperatura nos reatores, à razão de cerca de 400 toneladas diárias.

Além da água contaminada armazenada em diversos tipos de reservatórios, os técnicos da central afirmam existirem ainda grandes quantidades de água radioativa nas canalizações subterrâneas de Fukushima Daiichi.

Em agosto, a TEPCO admitiu a fuga de 300 toneladas de água radioativa, armazenada num reservatório, para o oceano Pacífico.

De acordo com a TEPCO, a quantidade de água mais ou menos radioativa a armazenar vai passar de 350.000 toneladas presentemente para 800.000 em 2016, estando já previstos cerca de 450 reservatórios suplementares.

"Com as 400 toneladas usadas todos os dias, torna-se necessário construir um novo reservatório de mil toneladas a cada dois dias e meio, pelo menos", afirmou o diretor da gestão dos equipamentos nucleares, Teruali Kobayashi.

O diretor da divisão de tecnologias de desperdício e ciclos do combustível nuclear da AIEA, Juan Carlos Lentijo, disse aos responsáveis japoneses do Ministério do Ambiente que "a comunidade internacional e a agência em particular seguem, com muita atenção, as atividades de recuperação no Japão".

Lentijo lidera uma equipa de 16 elementos que vai visitar as áreas poluídas em redor da central de Fukushima.

A 21 de outubro, último dia da visita, a equipa da AIEA deverá apresentar um relatório sobre a forma de descontaminar com maior eficácia as zonas atingidas pelo pior acidente nuclear desde Chernobil (Ucrânia), em 1986.

A equipa pretende também deixar alguns conselhos sobre a gestão dos resíduos gerados pela descontaminação, explicou à imprensa o chefe da missão.

O vice-ministro do Ambiente nipónico, Shinji Inoue, disse aos técnicos da AIEA "aguardar com grande expectativa os conselhos valiosos [da missão], de um ponto de vista internacional e profissional".

A 21 de março de 2011, um sismo de magnitude 9, na escala de Richter, atingiu a costa nordeste do Japão e desencadeou um gigantesco tsunami, que causou uma avaria no sistema de refrigeração da central situada na zona costeira do Pacífico, originando várias explosões.

Dezenas de milhares de pessoas foram retiradas da região de Fukushima, onde foi criada uma zona de exclusão num raio de 20 quilómetros.

Alguns cientistas afirmaram que algumas zonas mais próximas da central terão que permanecer abandonadas para sempre devido à contaminação radioativa.

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