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Os brinquedos na caravana de quem deixou tanto para trás
Brinquedos nas mãos de crianças que contam também histórias de quem arrisca uma nova vida, incerta, longe da certeza da violência.
© Reuters
Mundo América Central
Há pouco mais de dois meses, uma caravana de migrantes da América Central partiu rumo aos EUA. Pelo meio, e durante semanas de um difícil percurso feito a pé, outros juntaram-se.
A dada altura havia milhares de pessoas a partir rumo à difícil barreira que é passar a fronteira entre EUA e México. Há quem peça asilo e quem arrisque por falta de alternativas enfrentar o deserto e as patrulhas fronteiriças, à procura de nova oportunidade.
Para trás, estes migrantes - muitos deles hondurenhos - deixaram a pobreza e a 'lei' dos gangues que vivem da extorsão.
A galeria da Reuters mostra-nos algo universal, apesar das circunstâncias. Falamos das crianças e do seu desejo de brincar. Falamos destas crianças em particular que ao deixaram também tanto para trás levaram consigo os seus brinquedos favoritos.
Nas imagens há a bola de futebol, a boneca, a guitarra ou a máquina de brincar. Há brinquedos e uma forma de ainda ser criança, apesar das difíceis circunstâncias. Sem os rostos expostos, são os brinquedos a 'falar' por eles.
É o caso de Xiomara de Rosario, uma menina de quatro anos de El Salvador que com a sua máquina de brincar 'tira uma fotografia' ao fotojornalista da Reuters. É também o caso do pequeno Darwin Baquedano, um menino de três anos das Honduras que já vai dando toques com a bola.
A secretaria de Governo do México (Segob) informou que, em dois meses, o México já recebeu quase 10 mil migrantes centro-americanos. A Tijuana, chegaram 6 mil. Cerca de 1.100 migrantes foram presos pela Migração norte-americana, mas uma quantidade semelhante teve sucesso e conseguiu atravessar de forma ilegal.
Estas são crianças que estão num centro em Tijuana à espera de um 'sinal verde' do lado de lá da fronteira.
Espreite as imagens da galeria em anexo.
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