Italiana agredida e violada em Madrid descreve caso como forma de alerta
Andrea Sicignano tornou pública a sua agressão, para criar sensibilização para o perigo de uma mulher viajar sozinha durante a noite.
© Facebook/Andrea Sicignano
Mundo Espanha
Uma mulher italiana a viver em Madrid foi violentamente agredida e violada por um homem no passado fim de semana, ao regressar a casa sozinha depois de assistir a um concerto com um amigo.
Andrea Sicignano, a viver na cidade de Madrid há seis meses, saiu à noite com um amigo, no passado fim de semana, para ver um espetáculo de flamenco. Indicando que estavam os dois bêbados, separaram-se a meio da madrugada para ir cada um para sua casa.
“A tentar chegar a casa, entrei no autocarro errado, que me levou até ao final da linha de uma zona que me era desconhecida”, indicou.
Andrea explicou que toda a gente saiu do autocarro, incluindo ela, que se sentou num banco. “Estava perdida às 4h da manhã e já não havia transportes. Precisava de ajuda e um homem assegurou-me que me podia ajudar a chegar a casa”, escreveu.
Quando Andrea se apercebeu de que poderia estar a correr perigo e tentou ir embora, ele tornou-se violento. “Esmurrou-se várias vezes até eu para de lutar. Já nem conseguia gritar. Mal podia ver porque tinha os olhos cheios de sangue”.
Andrea descreveu que a dada altura desistiu de resistir e que se fingiu de morta, na esperança de que a agressão parasse. Assim que parou de se mexer, foi violada e depois o agressor foi-se embora.
“Corri descalça pela rua a gritar a plenos pulmões por ajuda. Estava a esbracejar muito e mesmo assim três ou quatro carros não pararam. Finalmente, um parou”, indicou.
“Um generoso estranho – a quem nunca poderei agradecer – chamou a ambulância e tentou acalmar-me enquanto esperou que chegasse”, descreveu.
Andrea explicou que tanto no hospital como na polícia, todos “levaram a situação muito a sério” e que foi muito bem tratada. “A polícia de Madrid foi incrivelmente prestativa durante todo o processo, fizeram do meu caso prioridade máxima”.
O agressor foi entretanto identificado, segundo a vítima, e está em prisão preventiva até ao julgamento. "Mais tarde, ao ver as imagens de videovigilância do autocarro, percebi que ele me estava a vigiar desde que entrei", indicou, explicando que, naquela noite, "podia ter sido morta".
A italiana conta que decidiu tornar o seu caso público para que as pessoas percebam que estes casos “são reais” e “infelizmente, vão continuar a acontecer”. A sua publicação, feita esta quarta-feira no Facebook, conta com mais de 2.400 partilhas e 4.600 reações.
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