França é "o homem doente da Europa"
O chefe da diplomacia polaca classificou hoje a França como "o homem doente da Europa" e disse que os seus problemas causam dano à União Europeia, evocando o movimento dos "coletes amarelos" e o atentado de Estrasburgo.
© Reuters
Mundo Polónia
O ataque no mercado de Natal na semana passada em Estrasburgo causou cinco mortos, um dos quais polaco.
"A França é o homem doente da Europa, ela empurra a Europa para baixo, enquanto a Polónia é um ponto luminoso", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jacek Czaputowicz, à televisão Polsat News.
As relações entre a França e a Polónia têm registado alguma frieza desde a chegada ao poder dos conservadores em Varsóvia em 2015, com episódios como o abandono de um contrato para a compra de helicópteros Caracal, divergências sobre o trabalho dos polacos no estrangeiro e o facto de o presidente Emmanuel Macron não ter projetos para visitar o país.
"O ataque terrorista prova que há qualquer coisa que não vai bem em França, os protestos durante as últimas semanas, o recuo do presidente Macron em relação à reforma do Estado, é triste", considerou Czaputowicz.
"Se ao mesmo tempo se dão lições à Polónia, há algo errado. É necessário primeiro pôr ordem no seu próprio país", adiantou.
O chefe da diplomacia polaca considerou ainda haver "uma forte ameaça ao Estado de direito em França, no sentido do respeito pelo défice das finanças públicas", devolvendo a Paris uma crítica feita frequentemente à Polónia.
O governo conservador polaco é criticado pelas suas reformas do sistema judiciário que, segundo a União Europeia, prejudicam a independência da justiça e põem em risco o respeito pelo Estado de direito na Polónia, o que poderá levar a uma suspensão dos direitos de voto de Varsóvia na UE.
Solicitado pela Comissão Europeia, o Tribunal de Justiça da UE pediu em outubro à Polónia para suspender "imediatamente" a sua reforma do Supremo Tribunal.
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