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Patronato alemão satisfeito com a integração dos refugiados

O presidente da associação patronal da Alemanha (BDA) assegurou hoje que a integração dos refugiados no mercado de trabalho está a correr melhor do que o previsto, com quase metade a trabalhar ou a aprender uma profissão.

Patronato alemão satisfeito com a integração dos refugiados
Notícias ao Minuto

12:20 - 14/12/18 por Lusa

Mundo Alemanha

"O tempo deu razão à chanceler, Angela Merkel, quando ela disse que íamos conseguir", disse Ingo Kramer ao diário regional Augsburger Zeitung, referindo-se a uma frase dita pela chanceler em 2015 - "Vamos consegui-lo" - frequentemente citada pelos críticos da sua política de abertura aos refugiados.

"Eu próprio estou surpreendido com este avanço tão rápido", prosseguiu, precisando que "dos mais de um milhão de refugiados que chegaram desde 2015, 400.000 estão a trabalhar ou a fazer formação profissional".

Kramer explicou que "a maioria dos jovens migrantes fala muito bem alemão ao fim de um ano de aulas" e pode avançar para um curso de formação profissional.

"Sim, conseguimos integrá-los", acrescentou, frisando que "muitos refugiados se tornaram um fator positivo para a economia alemã".

O responsável pediu que, face a estes dados, o tema da imigração deve ser encarado sem preconceitos nem receios e com a perceção de que as pessoas que procuram a Alemanha para trabalhar "enriquecem o país".

Muitas pequenas e médias empresas alemãs, sobretudo no setor da assistência a idosos e outros dependentes, enfrentam escassez de mão-de-obra e têm apelado para que o Governo aprove uma lei de imigração que facilite a contratação de trabalhadores estrangeiros.

"Se não conseguirmos, no futuro, atrair trabalhadores especializados do estrangeiro, a Alemanha corre o risco de ter uma crise económica como nos anos 1990", advertiu o presidente da patronal.

A agência federal de emprego da Alemanha também faz um balanço positivo da chegada de refugiados, em particular os jovens.

Números da agência indicam que, em novembro, 30.000 jovens refugiados estavam em formação e os desempregados registados, de todas as idades, eram 177.000.

Mas, segundo o relatório anual do Instituto alemão de direitos humanos, publicado no princípio de dezembro, os trabalhadores estrangeiros recebem frequentemente salários abaixo dos praticados na profissão, fazem horas extraordinárias sem remuneração ou trabalham sem um contrato legal.

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