Theresa May adia visita à Irlanda para recolher apoios à sua liderança
A primeira-ministra britânica, Theresa May, adiou hoje a sua visita à Irlanda depois de membros do seu partido Conservador terem apresentado uma moção de censura à sua liderança, que será votada hoje à noite.
© Reuters
Mundo Brexit
Num comunicado, Theresa May confirmou que adia a deslocação à Irlanda para poder concentrar-se em conversas com os seus colegas deputados em Londres, que entre as 18:00 e as 20:00 (mesma hora em Lisboa) irão votar a moção de censura à sua liderança partidária.
O executivo anunciou também que a reunião do gabinete, marcada para esta tarde, também foi cancelada, enquanto a sessão semanal de perguntas à primeira-ministra será realizada normalmente a partir das 12:00 locais (11:00 em Lisboa) na Câmara dos Comuns.
May tencionava ir a Dublin para se reunir com o seu homólogo irlandês, Leo Varadkar, e abordar a relutância que vários membros de seu partido e da oposição expressaram sobre a proteção da fronteira da Irlanda do Norte no âmbito do acordo com a União Europeia para o 'Brexit'.
A primeira-ministra britânica disse hoje que lutará com todas as suas forças contra a moção de censura interna.
"Vou lutar contra essa votação com todas as minhas forças", disse num breve discurso em Downing Street, referindo que estava "firmemente decidida a terminar o trabalho" de aplicação do 'Brexit'.
Após a votação da moção de censura, os votos serão contados "imediatamente depois e um anúncio será feito o mais breve possível".
O presidente da Comissão, Graham Brady, Comissão 1922, que gere o processo de eleições internas do partido Conservador, confirmou por comunicado que foi atingido o número de cartas suficiente para que seja pedida a retirada da confiança à líder.
Para uma moção de censura ser ativada, tinha de ser subscrita por 48 deputados conservadores, equivalente a 15% do grupo parlamentar.
Cabe ao presidente da Comissão confirmar que foi atingido o número de cartas necessário e determinar o dia de uma votação secreta de todo o grupo parlamentar de 315 deputados.
A última vez que um líder conservador foi deposto pelos seus próprios parlamentares, foi em 2003, quando Iain Duncan Smith acabou por ser substituído por Michael Howard.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com