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May enfrenta moção de censura do próprio partido já esta quarta-feira

Incertezas em torno do Brexit poderão precipitar fim de governo liderado por Theresa May.

May enfrenta moção de censura do próprio partido já esta quarta-feira
Notícias ao Minuto

07:45 - 12/12/18 por Pedro Filipe Pina

Mundo Reino Unido

Theresa May prepara-se para enfrentar já esta quarta-feira uma moção de censura à sua ldierança, movida por deputados do próprio partido.

Esta informação está a ser avançada em última hora pela Reuters e a BBC e surge numa altura em que o executivo da primeira-ministra britânica enfrenta dias difíceis, na sequência das dúvidas em torno do processo de Brexit.

A Reuters adianta que entre as 18h e as 20h desta quarta-feira (mesmo hora que em Portugal Continental) será levada à cabo uma votação na Câmara dos Comuns. Pouco depois haverá uma declaração com os resultados da votação.

O conservador Graham Brady, o líder do chamado comité 1922 - que junta o grupo parlamentar dos conservadores -, confirmou que o número mínimo necessário de deputados para forçar a votação foi alcançado.

Theresa May, entretanto, já reagiu, dizendo que se sente pronta para "terminar o trabalho" do Brexit e que irá enfrentar a moção com "tudo o que tem".

May discursará antes da votação secreta, para tentar convencer colegas de partido a darem-lhe apoio. May terá de ter pelo menos 158 deputados do seu grupo parlamentar do seu lado, à hora da votação, para 'sobreviver'.

Jeremy Corbyn, líder dos trabalhistas, na oposição, não avançou com moção de censura, apesar do 'convite' de outros partidos de menor dimensão.

Theresa May arrisca assim ver a sua liderança nos conservadores chegar ao fim, a partir de contestação no seio do próprio partido. 

Recorde-se que, perante uma derrota quase certa no Parlamento, a primeira-ministra britânica adiou a votação sobre o acordo alcançado de Brexit.

Esta semana Theresa May tem procurado junto de líderes europeus alcançar "garantias adicionais", que pudessem facilitar a aprovação do acordo de Brexit no parlamento britânico. Estes esforços de último hora poderão ser em vão dada a contestação de que May tem sido alvo.

Com o plano A a falhar, mantém-se as dúvidas sobre o que fará o Reino Unido sobre como será a vida dos britânicos após dia 29 de março de 2019, dia em que se assinala oficialmente a saída do país da comunidade europeia. Se o acordo alcançado não for aprovado - e a União Europeia já fez saber que as negociações estão encerradas -, o Reino Unido arrisca um 'hard Brexit' de contornos imprevisíveis.

Moção de censura 'dentro de casa'

O processo de votação interna dos conservadores tem início quando existe número de cartas suficiente para que seja pedida a retirada da confiança à líder. Para uma moção de censura ser ativada, tinha de ser subscrita por 48 deputados conservadores, o equivalente a 15% do grupo parlamentar. Espera-se agora uma votação secreta que inclua a totalidade do grupo parlamentar conservador, de 315 deputados.

A última vez que um líder conservador foi deposto pelos seus próprios parlamentares, foi em 2003, quando Iain Duncan Smith acabou por ser substituído por Michael Howard.

[Notícia atualizada às 9h15]

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