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Macron cede e promete aumento de 100 euros no salário mínimo

O presidente francês também promete baixar 'rasgar' uma medida que previa o aumento de impostos para os reformados. Macron dirige-se ao país para falar sobre os protestos violentos que tiveram lugar em Paris e noutras cidades francesas e que tiveram como ponto de partida as manifestações dos 'coletes amarelos'.

Macron cede e promete aumento de 100 euros no salário mínimo
Notícias ao Minuto

19:12 - 10/12/18 por Fábio Nunes

Mundo Declarações

Depois de semanas de protestos violentos nas ruas de França, Emmanuel Macron cedeu às exigências dos 'coletes amarelos'. Macron decretou "um estado de urgência económica e social" e prometeu aumentar o salário mínimo em 100 euros já a partir de dia 1 de janeiro do próximo ano. Numa conferência de imprensa, o presidente francês também anunciou que não vai avançar com uma subida de impostos para reformados que estava prevista.

Macron pediu ainda às entidades empregadoras para pagarem um prémio no final do ano aos seus funcionários, se tiverem essa possibilidade, referindo que esse prémio não será taxado. 

Estas promessas de Macron respondem a algumas das exigências dos 'coletes amarelos', cujos protestos começaram há quatro semanas e que se foram radicalizando gradualmente. Acusado por estes manifestantes de favorecer os mais ricos, o presidente afirmou que o "governo tem de ir mais longe para evitar a invasão fiscal". 

Macron referiu ainda que o primeiro-ministro, Édouard Philippe, "vai apresentar a partir de amanhã um conjunto de decisões no parlamento". 

Macron condena violência inaceitável

Apesar de aceitar a sua "parte da responsabilidade" nos protestos violentos que tomaram conta de França, principalmente da capital Paris, nas últimas semanas e de admitir que "há uma cólera, uma indignação partilhada por muitos franceses" que sente que "é justa a muitos níveis", o Chefe de Estado foi implacável na condenação da violência "inaceitável" a que assistiu. 

"Esta violência não tem qualquer tipo de inteligência. Todos tivemos oportunidades de assistir ao jogo dos oportunistas que tentaram aproveitar cóleras sinceras para fazerem aquilo que não deviam. Nenhuma cólera pode justificar que seja feito um ataque a um polícia, que sejam degradados edifícios públicos e comércios (...) Quando a violência se desencadeia cessa a liberdade", salientou Macron.

A terminar a sua declaração, o presidente francês sublinhou que o "governo continua a ambição de transformar o nosso país" e que "temos de avançar com o nosso projeto coletivo para a França e para a Europa". 

"A nossa única batalha é pela França", concluiu Macron.

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