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Roma elimina vestígios de vandalismo na histórica Villa Sciarra

O Parque Villa Sciarra, situado nas encostas da colina Gianicolo de Roma, será recuperado pela Câmara da capital italiana, com o objetivo de eliminar os vestígios de vandalismo deixados por dezenas de visitantes.

Roma elimina vestígios de vandalismo na histórica Villa Sciarra
Notícias ao Minuto

19:18 - 10/12/18 por Lusa

Mundo Autarquia

De acordo com o Consistório romano, a parte mais afetada da 'villa', agora convertida num parque público, é uma galeria de colunas que, desde há anos, tem todos os seus elementos manchados com tinta.

Também será incluída, na intervenção, a cerca do parque, que foi altamente danificada por pinturas, na parte adjacente à galeria, onde dezenas de pessoas inscreveram o seu nome e a data em que visitaram o local, entre outros sinais.

A estrutura conta com oito colunas de pedra calcária decoradas com relevos e motivos florais e com capitéis coríntios.

Apesar de já terem desaparecido, na estrutura também figurava uma mesa central e sete bancos, colocados entre as colunas.

Foi o norte-americano George Wurts, apaixonado por jardins, quem adquiriu o espaço, em 1902, dando-lhe a sua aparência atual e introduzindo a galeria, embora a origem da Villa Sciarra remonte a séculos anteriores.

Depois da morte de Wurts, em 1928, a sua viúva concedeu a 'villa' ao Estado italiano, que a cedeu à Câmara de Roma.

Certas lendas contam que, durante o Império Romano, a 'villa' passou a integrar um enorme espaço verde, conhecido como "Horti Caesaris", e que o imperador Júlio César alojou ali a rainha Cleópatra, entre outras personalidades.

A autarquia não foi a primeira a decidir devolver algum esplendor à 'villa'.

Há três anos, um grupo de cidadãos da associação Amigos da Villa Sciarra começou a trabalhar para inverter o "estado de abandono" do local.

"Ver a 'villa' assim é uma ferida, uma dor que não podemos continuar a sentir", lamentaram há meses, num vídeo publicado na sua página no Facebook.

A associação organiza regularmente limpezas no parque, realizando ainda atividades para angariar fundos que permitam melhorar o espaço.

Além disso, em muitas ocasiões, condenaram os atos de vandalismo na 'villa', incentivando à sua denúncia.

As intervenções na galeria, que irão custar 6270 euros à autarquia - conforme os números divulgados -, arrancaram há alguns dias, com uma primeira lavagem a toda a superfície de pedra.

Depois, será aplicado um gel para eliminar os grafitis e água a pressão para aclarar, e, se permanecerem vestígios de vandalismo, será utilizada uma pistola de jato de areia.

Por último, será colocado um protetor anti pinturas, para evitar que esta joia histórica de Roma volte a ficar manchada.

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