Paquistão não vai "fazer mais a guerra de outro"
O primeiro-ministro do Paquistão afirmou hoje que o país não vai "fazer mais a guerra de outro", numa referência à "guerra contra o terrorismo" ao lado dos Estados Unidos no Afeganistão.
© Reuters
Mundo Primeiro-ministro
"Não vamos fazer mais a guerra de outro, não nos curvaremos mais perante quem quer que seja", disse Imran Khan durante uma conferência transmitida pela televisão.
A declaração ocorre alguns dias depois do presidente norte-americano, Donald Trump, ter pedido numa carta a Imran Khan a ajuda de Islamabad para resolver o conflito no vizinho Afeganistão.
Com o mesmo objetivo, o enviado dos Estados Unidos para a paz no Afeganistão, Zalmay Khalilzad, deslocou-se esta semana ao Paquistão.
"Felizmente hoje, as mesmas pessoas que nos pediam para fazer mais pedem-nos para os ajudar no Afeganistão a estabelecer a paz e a negociar", disse ainda o chefe do governo paquistanês.
Washington tem sido muito crítico do Paquistão e, em meados de novembro, Trump declarou ter anulado centenas de milhões de dólares de ajuda ao país, acusando-o de nada fazer pelos Estados Unidos.
A administração norte-americana critica há muito Islamabad por permitir o refúgio no seu território de grupos armados que atacam as tropas afegãs e norte-americanas do outro lado da fronteira, o que o Paquistão sempre negou.
No início de janeiro, Trump acusou o Paquistão de "mentiras" e de "duplicidade".
"Ele dá abrigo aos terroristas que perseguimos no Afeganistão", escreveu na rede social Twitter.
Este ano, os rebeldes intensificaram os seus ataques contra as forças de segurança afegãs e Washington redobra os esforços para acabar com o conflito iniciado em 2001, quando uma coligação internacional conduzida pelos Estados Unidos afastou os talibãs do poder.
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