Bruxelas prepara-se para concentração de "coletes amarelos" no sábado
A cidade de Bruxelas está a preparar-se para uma grande concentração de "coletes amarelos" no sábado, com a polícia belga a mobilizar um forte dispositivo de segurança para uma manifestação com contornos ainda pouco claros.
© Reuters
Mundo Autoridades
Paralelamente ao grande protesto previsto para Paris, também Bruxelas deverá ser palco no sábado de uma grande manifestação, de cariz "europeu" junto às instituições comunitárias.
A manifestação não foi autorizada, até porque não deu entrada qualquer pedido formal de autorização, mas está a ser organizada há vários dias nas redes sociais e promete mobilizar milhares de pessoas.
Depois de, a 30 de novembro passado, terem provocado desacatos no centro de Bruxelas, numa primeira ação de protesto na Bélgica a "replicar" aquelas que decorrem há já mais de três semanas em França, os "coletes amarelos" belgas deverão voltar à capital, e, atendendo às iniciativas e apelos nas redes sociais, em maior número e provavelmente acompanhados de manifestantes holandeses, alemães e mesmo franceses.
A polícia belga decidiu duplicar o número de efetivos que estarão nas ruas comparativamente ao dispositivo montado na semana passada, devendo contar no sábado com 840 polícias, denominados "robocops" -- por estarem equipados com material anti-motim -, quase uma centena de agentes à civil, todos os canhões de água disponíveis e até a cavalaria (32 polícias a cavalo).
As autoridades seguem atentamente todas as plataformas de redes sociais com apelos ao protesto, que desta feita deverá ter um cariz mais "europeu" e ter lugar no "quarteirão europeu" de Schuman, onde se encontram as sedes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, havendo também "convocatórias" para as imediações do Parlamento Europeu, igualmente nas proximidades da rotunda de Schuman.
Além dos alertas da polícia belga relativamente a prováveis perturbações no trânsito, incluindo transportes públicos, também circulam nas instituições da UE advertências aos funcionários, a que a Lusa teve acesso, sendo recomendado que não se desloquem aos escritórios e que se tiverem de trabalhar que o façam a partir de casa, até porque, "atendendo aos desenvolvimentos, algumas ruas, túneis e estações de metro poderão ser encerradas".
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