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Os números do fenómeno migratório

Rostos, histórias e motivações singulares compõem o mapa das migrações à escala mundial, mas esta realidade também está associada a números e a dados estatísticos que sobressaem.

Os números do fenómeno migratório
Notícias ao Minuto

10:30 - 07/12/18 por Lusa

Mundo ONU

Num mundo cada vez mais interligado, a migração internacional tornou-se uma realidade que atinge quase todos os cantos do globo. Com transportes e infraestruturas cada vez mais modernos, a deslocação de pessoas para procurarem empregos, novas oportunidades, educação e melhor qualidade de vida tornou-se mais fácil, barata e rápida.

Ao mesmo tempo, conflitos, pobreza, perseguições, desigualdades e falta de recursos de vida sustentáveis (muitas vezes associada a desastres naturais) forçam a movimentação em massa de pessoas.

Os números relacionados com as migrações (segundo dados fornecidos e citados por várias agências das Nações Unidas, organismos e 'media' internacionais relativos a 2017 e 2018):

258 milhões: Número atual estimado de migrantes em todo o mundo, valor que representa 3,4% da população mundial. Em outra perspetiva, uma em cada 30 pessoas no mundo é migrante. O número de migrantes em todo o mundo tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos. Em 2000, eram 173 milhões, valor que aumentaria, numa década (2010), para 220 milhões.

68,5 milhões: É o número atual de pessoas em movimento em todo o mundo. Segundo a ONU, é um número sem precedentes e significa que quase uma pessoa é forçada a sair da sua casa a cada dois segundos por causa de um conflito ou perseguição. Dentro deste grupo, estão quase 25,4 milhões de refugiados (dos quais mais de metade têm menos de 18 anos), 40 milhões de deslocados internos e 3,1 milhões de requerentes de asilo.

67%: Em 2017, dois terços (67%) de todos os migrantes internacionais viviam num conjunto de 20 países. O maior número (50 milhões) residia nos Estados Unidos. Nas posições seguintes surgiam a Arábia Saudita, a Alemanha e a Rússia, cada um com cerca de 12 milhões de migrantes. O Reino Unido e a Irlanda do Norte, com quase 9 milhões respetivamente, eram os países seguintes. Já numa análise por região, a Ásia (80 milhões) e a Europa (78 milhões) lideravam.

48,4%: A percentagem de mulheres migrantes em todo o mundo, valor que corresponde a cerca de 125 milhões de mulheres migrantes (quase metade do número global de migrantes). A proporção de mulheres migrantes diminuiu de 49,1% em 2000 para 48,4% em 2017, enquanto a proporção de migrantes masculinos cresceu de 50,7% em 2000 para 51,6% em 2017.

39: Era a idade média dos migrantes internacionais em todo o mundo em 2017, um ligeiro aumento face os indicadores relativos em 2000 (38 anos). A grande maioria dos migrantes internacionais (72%) está em idade ativa (numa faixa etária compreendida entre os 20 e os 64 anos).

164 milhões: Número estimado de trabalhadores migrantes em todo o mundo, valor que representa um crescimento de 9% desde 2013, segundo dados recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os trabalhadores migrantes representam 4,7% da força de trabalho a nível mundial. Estes números incluem refugiados que encontraram trabalho no país anfitrião. 

50 milhões: Número atual estimado de crianças migrantes ou refugiadas no mundo. Segundo um recente relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o número de crianças migrantes ou refugiadas em idade escolar no mundo cresceu 26% desde 2000 e estes menores podem estar a ocupar meio milhão de salas de aulas.

450 mil milhões de dólares: No ano passado, os migrantes enviaram este valor (cerca de 394 mil milhões de euros após a conversão) em remessas para países em desenvolvimento. Este valor é três vezes superior ao montante enviado globalmente para a ajuda ao desenvolvimento. Os migrantes gastam 85% dos seus rendimentos nos países de acolhimento e contribuem em cerca de 10% para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

60 mil: Número de migrantes mortos desde 2000. Na maioria dos casos, a mobilidade humana é feita de forma segura, regular e ordeira, mas também são registadas muitas situações de perigo, de caos e de exploração de vidas humanas. Os dados mais recentes da Organização Internacional para as Migrações (OIM) mostram que, até à data no ano corrente, 3.323 pessoas morreram ou desapareceram em rotas migratórias em todo o mundo, a maioria no mar Mediterrâneo, onde milhares continuam a tentar a travessia para a Europa continental.

76%: Percentagem de europeus que consideram que há tantos ou mais migrantes irregulares do que regulares. A União Europeia (UE) estima que sejam 5%. A maior resistência à presença de migrantes surge em países com menos de 1% de população estrangeira. Tipicamente as pessoas sobrestimam a presença de imigrantes nos seus países, numa proporção de dois para um.

37%: Percentagem de europeus que consideram estar bem informados sobre as migrações.

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