Presos polícias suspeitos de morte de dois jovens que faziam presépio
Seis funcionários da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) foram detidos por alegadamente terem disparado contra quatro jovens que faziam um presépio para a comunidade, provocando a morte de dois deles e deixando os outros dois feridos, foi hoje anunciado.
© iStock
Mundo Venezuela
A detenção dos polícias foi confirmada aos jornalistas pelo diretor da PNB, Carlos Pérez Ampueda, que explicou que dois dos funcionários detidos estavam em comissão como guarda-costas de Freddy Bernal (dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela, o partido do Governo) e tinham acreditação das Forças de Ações Especiais (FAES).
Os polícias entraram, na noite de quarta-feira, numa zona do populoso bairro de El Valle, em Caracas, capital da Venezuela, tentando encontrar um motociclo que tinha sido roubado pouco antes.
Segundo a população local, os funcionários entraram a disparar e não auxiliaram os dois feridos, que se encontram em estado de saúde reservado numa unidade hospitalar.
Os dois jovens que morreram, de 13 e 16 anos, são parentes de um funcionário do FAES e estavam de visita a casa de familiares.
A situação provocou a indignação na população local, que chegou a bloquear a rua onde ocorreram as mortes.
"A polícia chega e atua assim (...). Não temos que, nos defenda, matam os nossos filhos. Não são polícias, são criminosos, queremos justiça, que paguem pelo que fizeram", disse Mairu Garcia, uma das residentes na zona, aos jornalistas.
Na Venezuela, a população queixa-se com frequência da alta insegurança no país e são cada mais frequentes as denúncias de abusos policiais e do envolvimento de funcionários da polícia em crimes, como sequestro e assalto.
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